O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, na última quinta-feira (3/10), uma lista com marcas e lotes de azeite de oliva impróprios para consumo. As mercadorias foram distribuídas em seis estados: São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco e Alagoas.
Os produtos das marcas Málaga, Rio Negro, Quinta de Aveiro, Cordilheira, Serrano, Oviedo, Imperial, Ouro Negro, Carcavelos, Pérola Negra e La Ventosa passaram por análises laboratoriais e não atenderam às normas de rigor de qualidade estabelecidas por um regulamento técnico, que traz padrão oficiais para a produção e classificação do azeite de oliva e do óleo de bagaço de oliva.
Os estabelecimentos estão com seus CNPJs baixados juntos à Receita Federal, ou seja, o status indica que as empresas tiveram suas atividades encerradas, “o que também reforça a ocorrência de fraude”, afirmou o Ministério.
A reportagem tentou contato com as empresas responsáveis pelos produtos por e-mail, mas não obteve retorno até o momento de publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
Caso o comprador tenha algum desses itens em casa, a recomendação do Mapa é que os azeites deixem de ser consumidos e sejam devolvidos ao local onde foram adquiridos. A solicitação de substituição pode ser feita nos moldes do Código de Defesa do Consumidor ou pelo canal Fala.BR. O cliente deve informar o estabelecimento e o endereço onde o produto foi adquirido.
O Ministério também ressalta que supermercados e atacadistas que disponibilizarem produtos desclassificados e de procedência desconhecida poderão ser responsabilizados.
Outras marcas ainda estão em análise e a nova lista será divulgada quando o processo for finalizado. A avaliação considera o grau de acidez e características de odor e sabor, além de critérios técnicos.
Como identificar o azeite falsificado?
Para evitar ser enganado, o Ministério recomenda tomar alguns cuidados na escolha dos azeites. A dica é desconfiar de preços abaixo da média, evitar comprar azeite a granel e optar por produtos com a data de envase mais recente. Vale também checar a lista de produtos irregulares já apreendidos pela pasta, disponibilizada no site, e checar se a empresa está registrada no Mapa.
(Gabriele Koga / Folhapress)