Jogar bem é bom, mas eliminar argentino na Libertadores é muito melhor
Quem esperava moleza no jogo de ontem conhece pouquinho desse negócio fascinante chamado Copa Libertadores. Eu antecipava, né? Não seria fácil. Era o jogo da vida dos caras, a última chance de salvarem o ano, e eles realmente se transformam quando jogam contra a gente. O Galo poderia jogar mais bola? Sem dúvida nenhuma. Mas hoje a prioridade é celebrar, com alívio, a classificação.
A gente já enfrentou vários times com 10 jogadores atrás da linha da bola, mas com 50 foi a primeira vez que eu vi. Que loucura! Os caras tinham três marcadores pra cada atleticano. Eu juro que em dado momento do primeiro tempo eu contei pra checar se eles estavam realmente só com 11 em campo. Pior que sim.
No bom mineirês, o Galo não arrumou nada nos 45 iniciais. Quem não ficou com medo é maluco. Com todo mundo bem marcado, o único espacinho que às vezes existia era com o Scarpa pela direita, mas bastava ele dominar para, em questão de segundos, estar totalmente marcado. “Ah, era só jogar mais rápido”. Com esse gramado? Impossível.
No intervalo eu me peguei pensando de onde sairia nosso gol da classificação e há meses eu bato na tecla da bola parada por isso: ela existe pra resolver jogos assim.
Quem tem Gustavo Scarpa no elenco precisa fechar a temporada com pelo menos uns 10 golzinhos de bola parada. De preferência gols que sirvam pra destravar jogos difíceis, como o de ontem.
Vale aqui um elogio ao Milito nesse ponto, já que o Atlético voltou, enfim, a ter um repertório de jogadas de bola parada. Cansamos de ver, em um passado nada distante, o Galo ter 15 escanteios por jogo e cobrar os 15 da mesma forma.
Se em campo os melhores momentos foram raros (e aqui vale um alerta sobre o trabalho do treinador, porque esse time pode produzir mais), nas arquibancadas o show foi completo. Dois destaques: o mosaico, fincando o pé na briga contra o racismo, e o “pressentimento” do gol.
Quem estava na Arena MRV sabe do que eu estou falando: a torcida sentiu que o gol viria. Cantou mais alto que nunca logo antes daquele escanteio cobrado com perfeição. Depois disso foi só ganhar tempo, fazer os argentinos provarem do próprio veneno e celebrar a vaga nas quartas.
O time do Papa já foi. O tal São Lourenço é passado. Semana que vem já tem São Paulo, e nem São Victor do Horto a gente tem mais pra igualar o duelo de santidades. Mas temos Everson! E que bom tê-lo de volta. Importante demais na classificação.
Agora é Mineirão, é Brasileiro, e aí sim temos que cobrar o bom desempenho que, ontem, ficou na gaveta. Jogar bem é bom, mas eliminar argentino na Libertadores é muito melhor, amigo!
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