05/11/2024
11:42

Sob a ‘benção’ de Bolsonaro, irmão de Gilmar Mendes vai voltar à Prefeitura de Diamantino (MT)

Sob a ‘benção’ de Bolsonaro, irmão de Gilmar Mendes vai voltar à Prefeitura de Diamantino (MT)

BRASÍLIA – Com um patrimônio declarado de R$ 56 milhões e a preferência de 56% dos 12.748 eleitores em 6 de outubro, o veterinário e ruralista Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes (União Brasil), vai voltar a comandar Diamantino (MT) em 2025.

O pequeno município de 21.941 habitantes, segundo o Censo 2022, que fica a 183 km da capital Cuiabá e a 1.237 km de Brasília, é a terra natal do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, de quem o prefeito eleito é irmão.

Chico Mendes retorna ao comando da cidade, onde esteve de 2001 a 2008, sob as bênçãos de outra autoridade política: Jair Bolsonaro (PL) a quem se refere como “meu capitão”. Principal crítico da Suprema Corte brasileira, da qual o irmão ilustre do futuro prefeito faz parte, o ex-presidente apoiou a eleição de Chico e esteve na cidade participando de eventos da pré-campanha com ele, em abril deste ano.

Foi do partido de Bolsonaro, inclusive, a maior e principal doação da campanha de Chico, que tem como vice-prefeito eleito Antônio do Carol (PL): R$ 300 mil. Do próprio bolso tirou R$ 40 mil e recebeu da única irmã que tem com o ministro Gilmar, Maria da Conceição Mendes França, a ajuda de R$ 11 mil. O limite de gastos para a campanha de prefeito de Diamantino determinado pela Justiça Eleitoral é de R$ 414.694,20.

O ministro não atuou publicamente pela eleição do irmão nem teve sua imagem explorada nas redes sociais pedindo votos. Ele, no entanto, aparece em um vídeo em homenagem à matriarca da família, Nilde Alves Mendes, falecida em 2017. “Nem precisaria, até porque todo mundo aqui o conhece”, contou uma pessoa da pequena cidade onde o ministro esteve em 6 de outubro para votar.

Chico Mendes diz ter bom trânsito com políticos em Brasília

O bom trânsito que Chico diz ter com políticos na capital da República, por sua vez, foi explorado para atrair eleitores. “O governador [ do Mato Grosso, Mauro Mendes] apoia Chico Mendes. Três senadores da República mandando emendas. Oito deputados federais apoiando Chico Mendes. Então…”, anuncia um aliado em evento de campanha. “Não adianta nós votarmos em alguém que sequer consegue andar em Brasília”, emendou, em seguida, o próprio candidato.

 

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