BRASÍLIA – Pela primeira vez, a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou a aprovação na Bahia e em Pernambuco. Nesses dois Estados em que o petista venceu as eleições em 2022, o índice de aprovação caiu mais de 15%. Os dados são de levantamento Quaest divulgado nesta quarta-feira (26).
O resultado negativo seguiu, ainda, por Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Em todos esses locais, a desaprovação ao governo superou a marca de 60%. Já em Goiás, a reprovação atingiu a marca de 70%.
Em Minas Gerais, a desaprovação ao governo Lula foi de 63%. O crescimento foi de 16% diante dos 47% registrados em dezembro de 2024. Já a aprovação foi de 35%, uma queda de 17% (em dezembro, o índice era 52%).
Em São Paulo, a desaprovação foi ainda maior e atingiu a marca de 69%. Houve aumento de 14% em comparação a dezembro, quando a taxa era de 55%. A aprovação caiu 14% e passou de 43% para 29%.
No Rio de Janeiro, a pesquisa foi feita pela primeira vez, e por isso, não há comparação. A desaprovação foi de 64% e a aprovação, de 35%.
Em Pernambuco, o governo Lula teve 50% de desaprovação, 17% a mais do que em dezembro, quando o índice era de 33%. Já a aprovação caiu 16% e passou de 66% para 49%.
Na Bahia, a desaprovação superou a aprovação pela primeira vez, assim como em Pernambuco. 51% dos entrevistados reprovaram a gestão petista, 18% a mais do que os 33% de dezembro. Enquanto isso, 47% avaliaram de forma positiva, 19% a menos (em dezembro, eram 66%).
No Rio Grande do Sul, a pesquisa foi inédita, assim como no Rio de Janeiro. A desaprovação foi de 66% e a aprovação, de 33%.
Em Goiás, a desaprovação atingiu a marca de 70%, 14% a mais do que os 56% de dezembro. A aprovação caiu 13% e passou de 41% para 28%.
No Paraná, a avaliação negativa saltou 15% e foi de 53% para 68%. Já a visão positiva do governo Lula foi de 30%, 14% a menos do que os 44% de dezembro.
A pesquisa Quaest foi realizada entre os dias 19 e 23 de fevereiro. Foram entrevistadas, ao todo, 6.630 pessoas nos oito Estados citados que respondem, juntos, a 62% do eleitorado brasileiro. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos em 7 estados, com a exceção de SP, em que é de 2%.