Os destaques ficaram por conta da soja, café, cana-de-açúcar e milho, de acordo com levantamento feito pela Fundação João Pinheiro
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro cresceu 5,9% em 2023 e somou R$ 228,6 bilhões. O valor é recorde e representou acréscimo de R$ 13,2 bilhões na economia do estado, conforme dados apurados pela Fundação João Pinheiro (FJP). Em 2022, o resultado contabilizado foi de R$ 215,4 bilhões.
Os destaques ficaram por conta da soja, café, cana-de-açúcar e milho. Os dados foram apresentados, nesta segunda-feira (10/6), em coletiva à imprensa na sede do Sistema Faemg Senar – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, com a presença do vice-governador de Minas, Mateus Simões.
Conforme os dados do governo de Minas, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a colheita estadual da soja aumentou de 7,6 milhões de toneladas em 2022 para 8,5 milhões de toneladas em 2023. No café, o salto foi de 1,4 para 1,7 milhões de toneladas; na cana-de-açúcar, de 73,3 para 82,5 milhões de toneladas; e no milho o crescimento foi de 7,8 para 8,3 milhões.
Pesquisador e coordenador de Contas Regionais da Diretoria de Estatística e Informações da FJP, Raimundo Souza, destacou que o aumento nas culturas citadas ocorreu mesmo com a evolução menor dos preços desses produtos compreendidos como primários. Ele explicou que o crescimento do PIB do agronegócio reflete, também, o avanço da fabricação de alimentos, bebidas, celulose e biocombustíveis.
Já no caso das agroindústrias e serviços relacionados, o incremento das quantidades produzidas foi acompanhado por melhorias nos preços praticados. “Estamos falando de um complexo produtivo que responde isoladamente por mais de um quinto de todo o valor que é criado durante um ano no território de Minas Gerais, e isto tem um peso muito significativo. Quando falamos em complexo produtivo, estamos agregando ao núcleo do setor – de onde vem a produção primária – toda a cadeia de fornecedores, sejam eles das indústrias, da fabricação de fertilizantes, de defensivos, eletricidade, combustível e tudo o que é processado”, explicou.
O vice-governador Mateus Simões ressaltou que a evolução do PIB ocorre desde 2019 no estado. “Os aumentos em todos os anos, em todos os setores, mostram que o agro cresce mais do que a média da economia geral de Minas Gerais. Esses números são muito impressionantes também, pois os preços em 2022 eram mais altos do que em 2023, então, crescemos no valor total, mesmo com redução no preço de commodities. Isso mostra que o nosso produtor rural está avançando muito em produtividade”, disse.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, reforçou que os resultados positivos refletem o trabalho conjunto entre os setores público e privado para dar solução e atender ao produtor rural mineiro. “Nós temos conseguido crescer, o que se deve ao trabalho conjunto de ouvir o setor e discutir as políticas públicas para tomarmos as melhores decisões”, ponderou.
O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, destacou que o setor tem trabalhado para gerar renda e emprego, além de trabalhar para diversificar a gama de produtos. “Seguiremos fazendo a nossa parte, o produtor rural é e continuará sendo responsável pelo desenvolvimento, pela segurança alimentar e pela paz em Minas e no Brasil”.