Dois treinos dos atletas já haviam sido cancelados pelo mesmo motivo. À princípio, a prova masculina foi remanejada para esta quarta (31), a partir de 5h45 (de Brasília). Isso se as condições do Sena melhorarem.
A prova feminina também estava prevista para esta quarta (31), às 3h (de Brasília), mas há possibilidade de novo adiamento até a sexta-feira.
O cenário extremo de tirar a natação da modalidade, transformando a disputa em um duatlo, está prevista no regulamento da União Internacional de Triatlo (World Triathlon).
Neste caso, seriam acrescidos 5km de corrida antes do ciclismo, para substituir os 1.500m de natação. Depois, seguem os 40km de bicicleta e os 10km finais de corrida. Os representantes brasileiros no triatlo são Djenyfer Arnold, Vittoria Lopes, Manoel Messias e Miguel Hidalgo (9º colocado no ranking mundial).
Por enquanto, a modalidade mista, prevista para 5 de agosto, e a maratona aquática, marcada para os dias 8 (feminino) e 9 de agosto (masculino), mantêm o cronograma, mas a situação preocupa. A brasileira Ana Marcela Cunha é atual campeã olímpica da maratona aquática.
Fora dos limites aceitáveis
Segundo a organização, até houve melhora na qualidade da água em relação às medições anteriores. Entretanto, a avaliação ainda aponta que o rio está fora dos limites aceitáveis. Um dos motivos para a piora anterior foi a chuva que atingiu Paris entre 26 e 27 de julho.
Uma reunião da World Triathlon com treinadores vai atualizá-los sobre o cronograma de provas de quarta-feira. Quem iria acompanhar as competições e tinha ingressos deve acompanhar novas informações que ainda serão divulgadas.
A natação no Sena foi proibida há mais de um século, em grande parte devido à má qualidade da água. Os organizadores investiram 1,4 bilhão de euros (US$ 1,5 bilhão) para preparar o rio antes dos Jogos Olímpicos. A ministra francesa do Esporte e a prefeita de Paris chegaram a nadar no rio para comemorar as condições de nado antes da Olimpíada.