BRASÍLIA – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (13) que o “risco não está totalmente dissipado” e que ainda vai tomar uma decisão sobre os trabalhos na Casa nesta quinta-feira (14) após reunião com a Polícia Legislativa.
“Recebi agora há pouco um telefonema da governadora em exercício do DF, Celina Leão, me informando justamente que estão investigando os arredores porque obviamente o risco não está totalmente dissipado, de se aferir a circunstância com as precauções devidas. Vou agora sentar com a Polícia Legislativa e vou tomar uma decisão [sobre amanhã]”, disse Pacheco.
O presidente do Senado citou ainda os atos de 8 de janeiro. “Tem uma pessoa morta, manifestamos todo nosso sentimento, lamentamos sem conhecer ainda as circunstâncias. O acontecimento de 8/1 foi muito relevante, muito significativo e obviamente mudou todos os padrões de segurança de todos os Poderes. Vamos constatar exatamente o que houve para que as providências sejam tomadas”, completou.
As sessões plenárias que ocorriam na Câmara e no Senado foram encerradas após as explosões registradas na praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira (13). Inicialmente, os parlamentares haviam sido orientados a não deixarem o Congresso, porém, depois, esquemas de seguranças foram montados para que deputados e senadores pudessem sair dos prédios.
Pelo menos duas fortes explosões aconteceram nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). Até a publicação desta reportagem, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmaram um óbito na praça dos Três Poderes, onde estão localizados o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
A Esplanada dos Ministérios foi parcialmente fechada, e forças de segurança isolaram o local devido à suspeita de presença de outros explosivos na área. A Polícia Federal (PF) já investiga o caso.
As explosões, que ocorreram com pouco mais de um minuto de intervalo, envolveram um carro no anexo IV da Câmara dos Deputados e outra bomba lançada na praça em frente ao STF. Esta última foi a que resultou em uma morte.