06/12/2024
11:00

Nova bancada do PL na Câmara de BH pretende atuar de forma independente

Nova bancada do PL na Câmara de BH pretende atuar de forma independente

A nova bancada do PL na Câmara Municipal de Belo Horizonte promete, com a chegada de quatro novos vereadores a partir de 2025, ser independente em relação ao Executivo. Contudo, segundo apurou o Aparte, haverá, por parte dos parlamentares do partido, certa tendência à oposição ao prefeito reeleito Fuad Noman (PSD). Vereadores eleitos afirmam ainda que vão defender as pautas conservadoras dentro da Casa.

A legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, do deputado federal Nikolas Ferreira e do deputado estadual Bruno Engler terá seis cadeiras na Câmara – a maior bancada do Parlamento municipal. Duas delas já eram ocupadas por vereadores na atual legislatura.

Apesar de não estarem na base de Fuad, os vereadores admitem que poderão votar a favor de projetos da prefeitura que considerarem positivos para a capital, e, mesmo não se declarando de oposição, afirmam que atuarão contra projetos que considerem negativos para a cidade.

“O PL é uma bancada independente, não temos nenhum tipo de vínculo umbilical com o Executivo. Assim como já tenho me colocado contrário à reforma administrativa, podemos apoiar boas propostas. Os novos vereadores virão com esse mesmo desejo de serem agentes de transformação na cidade, cada um com sua bandeira”, declarou o vereador eleito Pablo Almeida (PL), mais votado da história de Belo Horizonte, com 39.960 votos.

Sobre ser combatente ou não ao governo de Fuad, o vereador eleito Vile Santos (PL) afirmou que não haverá “oposição burra” e que a bancada do PL poderá votar com o prefeito caso avalie que seja positivo para a cidade.

Como exemplo de pautas que vão contra a vontade do grupo, na avaliação de Vile, ele cita a reforma administrativa, proposta pelo Executivo, que prevê a criação de quatro novas secretarias. “Está aproveitando o final do ano para alocar os amigos para pagar a fatura eleitoral”, afirma.

Rivalidade

Por sua vez, os novos parlamentares do PL dizem que o embate com o campo rival, da esquerda, não será a tônica da atuação do partido no Legislativo. As eleições deste ano fizeram crescer tanto a bancada do PL quanto as cadeiras do PT (que terá quatro vereadores) e do PSOL (que terá três).

Pablo Almeida afirma que o embate com a esquerda será algo “natural”, mas reforça que não será a prioridade do PL. “A prioridade é a cidade, é Belo Horizonte”, pontua. A respeito de uma possível elevação do tom da esquerda contra a direita no Parlamento, Pablo Almeida declara que a bancada do PL não seguirá pelo esse caminho.

“A única coisa da qual conseguem nos acusar é de sermos odiosos, mas, de fato, eles não têm projeto, não têm proposta. Independentemente do tom que eles falarem, estaremos ali para trabalhar tecnicamente. Podem vir para dar ‘cadeirada’ que estaremos preparados”, defende.

Mas esse pode não ser o caminho de toda a bancada. O vereador eleito Vile Santos, por outro lado, avalia que haverá oposição ferrenha à esquerda, em temas como a “ideologia de gênero” e em discussões sobre assuntos considerados controversos em escolas municipais.

“Com certeza, seremos oposição à esquerda. Qualquer pauta ideológica que venha contra as nossas agendas, vamos nos opor. O que eles fizerem com a gente, vamos reagir em dobro. Mas nossa pretensão é defender nossas bandeiras. Com certeza, a gente vai ser muito combativo”, declara Vile Santos.

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