21/11/2024
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Na mira de Fuad, Anel Rodoviário lidera ranking de mortes nas vias da capital em 2024

Na mira de Fuad, Anel Rodoviário lidera ranking de mortes nas vias da capital em 2024

A letalidade no Anel Rodoviário de Belo Horizonte é apontada pelo prefeito Fuad Noman (PSD) como a principal justificativa para que sua gestão queira municipalizar o trecho, que pertence ao governo federal e é gerido hoje pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com 27 km de extensão e fluxo diário de cerca de 120 mil veículos, a via lidera o ranking de mortes no trânsito da capital em 2024, com 31 óbitos registrados somente entre janeiro e setembro deste ano. Os dados são do Observatório de Segurança Pública de Minas Gerais.

O número de mortes na rodovia cresceu 158% em dez anos: nos nove primeiros meses de 2014, 12 pessoas perderam a vida no trecho.

No dia seguinte à reeleição, Fuad afirmou que vai priorizar as tratativas para assumir a gestão do Anel Rodoviário e a implantação de um pacote composto por oito obras projetadas pela prefeitura por não suportar mais “ver acidente e gente morrendo ali”.

Os projetos anunciados ainda no ano passado pela Prefeitura de Belo Horizonte preveem obras para alargamento de vias, construção de viadutos e implantação de passarelas em oito pontos do Anel Rodoviário, com o objetivo de melhorar a fluidez e reduzir o índice de acidentes.

Coordenador do curso de arquitetura e urbanismo e engenharia civil do Ibmec BH, André Prado aponta que as intervenções contemplam os principais gargalos da via, como as interseções com as avenidas Antônio Carlos, Tereza Cristina e Cristiano Machado, por exemplo. “Tecnicamente, com a duplicação ou melhoria dos viadutos, dos acessos e das alças nesses pontos, a tendência é que a gente tenha uma melhoria da fluidez do trânsito no Anel”, analisa o urbanista.

O especialista avalia que a transferência da rodovia para a gestão municipal também traria mais agilidade na manutenção da via, que passaria a ser de responsabilidade da prefeitura. No entanto, ele pontua que o Executivo precisará de um plano para lidar com o tráfego de veículos pesados na região. “A gente sabe que a prefeitura não tem tanta experiência técnica de gestão de uma rodovia com transporte pesado de carga, então teria aí alguma dificuldade”, observa.

 

 

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