21/11/2024
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Moraes volta a negar soltura de cabeleireira que pichou ‘perdeu, mané’ de batom na estátua ‘A Justiça’

Moraes volta a negar soltura de cabeleireira que pichou ‘perdeu, mané’ de batom na estátua ‘A Justiça’

BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou, pela terceira vez, o pedido de soltura da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos. Aos 38 anos, ela está presa desde março de 2023 por participar dos atos de 8 de janeiro que resultaram nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, naquele ano.

A atuação de Débora, na ocasião, foi emblemática e registrada em imagens que circularam em todo o país. Foi ela a responsável por pichar de batom a frase “perdeu, mané” na escultura A Justiça. A obra do mineiro Alfredo Ceschiatti fica localizada em frente ao Palácio do STF e representa uma mulher, sentada e vendada, segurando uma espada, um dos símbolos mais usados para caracterizar as deusas greco-romanas das leis e da justiça.

A pichação fazia alusão à frase dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo. Ao ser abordado e filmado por um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro em Nova York após o segundo turno das eleições, em 15 de novembro de 2022, ele respondeu “perdeu mané, não amola”.

Moraes diz que Débora é perigosa

Na decisão de manter a prisão de Débora, Alexandre de Moraes alegou que a cabeleireira apresenta “periculosidade social” e que as condutas atribuídas a ela são “graves”.

No início de julho, Débora foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

De acordo com a defesa, não foi divulgado se a mulher entrou em algum prédio público e se participou de outras depredações ou se apenas esteve na Praça dos Três Poderes, do lado de fora dos prédios públicos.

 

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