21/11/2024
13:56

Malafaia diz que Bolsonaro foi ‘covarde e omisso’ nas eleições; Flávio rebate

Malafaia diz que Bolsonaro foi ‘covarde e omisso’ nas eleições; Flávio rebate

BRASÍLIA – Um dos apoiadores mais fiéis do ex-presidente Jair Bolsonaro no meio evangélico, o pastor Silas Malafaia fez duras críticas à postura dele durante o primeiro turno das eleições deste ano, principalmente no pleito em São Paulo.

Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, o líder religioso disse que Bolsonaro “jogou para os dois lados” na disputa entre o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), e o empresário Pablo Marçal (PRTB) pelos votos do eleitorado bolsonarista e conservador. O ex-presidente apoiava formalmente o nome do MDB, mas evitava bater forte em Marçal.

“Qual foi a sinalização que o Bolsonaro passou? ‘Eu não sou confiável em meus apoios políticos’. […] Covarde, omisso, que se baseia em redes sociais e não quer se comprometer. Fica em cima do muro. Para ficar bem, sabe com quem? Com seguidores”, afirmou Malafaia.

O pastor também diz que nos últimos 15 dias “bateu em Bolsonaro com tanta força no ‘zap’” e que no domingo (6), dia da eleição, enviou uma mensagem questionando: “como você apoia um canalha que falsificou documento, que quer dividir a direita e o voto evangélico, que ora fala bem de você, ora fala mal?”.

Bolsonaro chorou ‘por cinco minutos no telefone’

Silas Malafaia ainda conta que em fevereiro, logo após uma operação da Polícia Federal que mirou Bolsonaro e ex–ministros de seu governo e prendeu ex-assessores dele, recebeu uma ligação do aliado.

“Ele estava chorando depressivo em Mambucaba [Angra dos Reis-RJ], perto de ser preso. Liguei pra ele e falei: ‘Vai ficar chorando aí? Vamos para a rua, cara!’. […] Ele chorou por cinco minutos comigo no telefone antes de abrir a boca”.

Depois disso, Bolsonaro e Malafaia convocaram uma manifestação em apoio ao ex-presidente, na Avenida Paulista, em São Paulo, que aconteceu no dia 25 de fevereiro.

Em nota, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que “roupa suja se lava em casa, e não em público”, e que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, “fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo.”

O parlamentar defendeu que se não fosse pelo ex-presidente, Ricardo Nunes não teria vencido a queda de braço com Marçal e ido para o segundo turno.

“Assim como foram decisivos Tarcísio e Malafaia, cada um na sua função, como um time de futebol que não ganha só com atacantes. Vamos juntos vencer a extrema-esquerda em São Paulo. 2026 já começou e precisamos ser mais racionais que emotivos”, disse Flávio.

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