A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, candidata à Casa Branca pelo Partido Democrata, prometeu nomear um republicano para o seu gabinete, caso seja eleita nas eleições de novembro.
Declaração foi feita em entrevista à rede de TV americana CNN. “Passei minha carreira convidando a diversidade de opinião. Acho importante ter pessoas na mesa quando algumas das decisões mais importantes estão sendo tomadas, que têm visões e experiências diferentes. Eu acho que seria benéfico para o povo americano ter um membro do meu Gabinete que fosse republicano”, disse Kamala.
A democrata disse que os seus valores permanecem os mesmos, ao explicar mudanças de opinião em temas sensíveis, como o fracking, uma técnica de extração de gás de xisto ou folhelho que consiste em perfurar o solo até mais de 3,2 km de profundidade.
“É porque você tem mais experiência agora e aprendeu mais sobre as informações? É porque você estava concorrendo à presidência em uma primária democrata? E eles devem se sentir confortáveis e confiantes de que o que você está dizendo agora será sua política daqui para frente?”, disse ela, ao ser questionada pelos entrevistadores da CNN
Em 2019, ela havia apoiado a criação de uma lei federal para a proibição do fracking, mas se afastou dessa posição ao se tornar vice de Biden.
“Acho que o aspecto mais importante e significativo da minha perspectiva política e decisões é que meus valores não mudaram. Você mencionou o Green New Deal. Eu sempre acreditei – e trabalhei nisso – que a crise climática é real, que é uma questão urgente à qual devemos aplicar métricas que incluam nos mantermos dentro dos prazos em torno do tempo”, comentou.
A entrevista foi realizada em Savannah, na Georgia. Ela estava ao lado de seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz. Foi a primeira entrevista dos dois juntos, desde que foram oficializados pelo Partido Democrata.
Kamala Harris substituiu Joe Biden, que desistiu da candidatura, em julho. O chefe da Casa Branca foi pressionado pelo partido após desempenho ruim no debate na CNN. A vice-presidente aceitou a indicação, com apoio de outros correligionários, Bill Hillary Clinton e Barack e Michelle Obama. (Folhapress)
