Cinco palestinos liberados foram internados neste centro médico e os demais foram transferidos para hospitais de Khan Yunis, segundo a mesma fonte. O ministro israelense da Segurança Nacional, Ben Gvir, confirmou a medida nas redes sociais. O Exército afirmou que estava “verificando as informações”.
Após a libertação, Salmiya afirmou que foi submetido a “graves torturas” durante sua detenção e que sofreu uma fratura em um polegar. “Os prisioneiros são submetidos a todo tipo de tortura”, declarou o médico em uma entrevista coletiva. “Muitos presos morreram em centros de interrogatório e foram privados de alimentos e remédios”.
“Durante dois meses, os detentos só comeram um pedaço de pão por dia”, disse, antes de mencionar que eles foram submetidos a “humilhações físicas e psicológicas”. O médico, preso em outubro, afirmou que foi detido “sem ter sido acusado”.
Israel acusa o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, de utilizar os hospitais com fins militares, o que o movimento islamista nega. O hospital europeu de Khan Yunis anunciou que o diretor do departamento ortopédico, o doutor Basam Miqdad, também foi liberado nesta segunda-feira, “após sua detenção há vários meses”.
A reportagem observou vários homens abraçando seus parentes no Hospital dos Mártires de Al Aqsa. “A libertação do diretor do centro médico Shifa em Gaza, com dezenas de outros terroristas, é uma renúncia à segurança”, escreveu o ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, na rede social X. (AFP)