20/01/2025
17:50

Ipatinga cria benefício emergencial para famílias afetadas pelas chuvas

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O período chuvoso em Minas Gerais trouxe não apenas devastação, mas também uma preocupação crescente com doenças infecciosas, entre elas, a leptospirose. Após as fortes chuvas que atingiram Ipatinga, a cidade tornou-se palco de uma tragédia que inclui inundações, deslizamentos de terra e até mortes por soterramento. No meio do caos, especialistas acendem um alerta: a leptospirose, uma doença bacteriana grave, pode ser uma ameaça silenciosa para os moradores expostos às águas contaminadas.

A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente pelo contato com água contaminada por urina de ratos infectados. Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode se manifestar entre 1 e 30 dias após a exposição, com sintomas iniciais como febre alta, dor muscular intensa (especialmente nas panturrilhas), dor de cabeça, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, a leptospirose pode evoluir para a síndrome de Weil, caracterizada por icterícia (condição que provoca uma coloração amarelada na pele, nos olhos e em outros tecidos do corpo), insuficiência renal e hemorragias, exigindo hospitalização imediata.

Dr. Pedro Henrique Mendes, infectologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), explica que, após episódios de enchentes, a presença de lama e águas contaminadas cria um ambiente propício para a disseminação da bactéria. “O contato prolongado com essas águas expõe a população a diversos riscos, não só a leptospirose, mas também a hepatite A, doenças diarreicas e até o tétano. A vigilância dos sinais e sintomas é fundamental para evitar complicações graves”, enfatiza.

A tragédia que se abateu sobre Ipatinga é um cenário típico para o surgimento de surtos de leptospirose. O rompimento das canalizações de água, comum em enchentes, aumenta o risco de contaminação. Por isso, os especialistas recomendam que o consumo de água seja restrito àquela que foi fervida, filtrada ou clorada. “A lama que invade as casas têm um alto poder infectante. Por isso, deve-se evitar o consumo de água diretamente das torneiras. O ideal é optar por água filtrada ou fervida, sempre que possível, para evitar contaminações. Além disso, a limpeza do ambiente deve ser feita com equipamentos de proteção, como botas e luvas, e a desinfecção deve incluir uma solução de hipoclorito de sódio, que é popularmente conhecida como água sanitária”, orienta Dr. Pedro.

Ainda segundo o infectologista, a profilaxia com antibióticos pode ser indicada para grupos de alto risco, como socorristas, voluntários e moradores que permaneceram por longos períodos em contato com águas contaminadas. No entanto, ele alerta que essa medida deve ser acompanhada por orientação médica.

Além dos cuidados com a limpeza, a população deve reforçar medidas de controle contra roedores, principais vetores da leptospirose. Isso inclui o acondicionamento adequado do lixo, vedação de frestas, além da desinfecção de alimentos e utensílios que possam ter sido expostos à água da enchente.

A tragédia em Ipatinga não é apenas um lembrete dos desafios climáticos, mas também um alerta sobre a necessidade de infraestrutura sanitária adequada e ações preventivas em saúde pública. “Expresso toda solidariedade às famílias que foram atingidas, mas faço um apelo: se cuidem, cuidem de seus familiares, não deixem as crianças brincarem na água e lama oriunda de enchentes, isso é muito perigoso. Sabemos que as enchentes são uma realidade que não podemos evitar completamente, mas os riscos à saúde podem ser mitigados com informações claras e ações rápidas. Por isso, em casos suspeitos, é essencial procurar atendimento médico o quanto antes, pois o tratamento precoce com antibióticos reduz drasticamente a letalidade da doença”, conclui Dr. Pedro.

Enquanto Ipatinga tenta se reerguer dos danos causados pela força das águas, a vigilância sanitária e os cuidados com a saúde individual tornam-se pilares indispensáveis para evitar que a tragédia se estenda para os campos da saúde pública. Ficar atento aos sintomas e seguir as orientações dos especialistas pode salvar vidas em momentos tão críticos.

Fundação São Francisco Xavier

A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de 6.000 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o Hospital Márcio Cunha com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital Municipal Carlos Chagas com 100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG). As unidades hospitalares têm uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança. Além das unidades hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de Saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão. Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, com cerca de 3 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.

Confira a matéria completa em: zug.net.br

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