Três meses após o governo Romeu Zema (Novo) encaminhar a proposta de privatização para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a Copasa terá um novo diretor presidente. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, será indicado por Zema ao Conselho de Administração para substituir Guilherme Duarte de Faria.
À frente da Copasa há mais de dois anos, Faria renunciou à presidência, conforme fato relevante divulgado na noite dessa quarta-feira (19 de fevereiro). “A companhia informa ainda que o diretor presidente continua no cargo até a definição do substituto pelo Conselho de Administração”, pontuou. Ainda não há data para que o conselho se reúna para dar aval ao nome de Passalio.
O Aparte apurou que Faria deixará a presidência da Copasa rumo à iniciativa privada. O presidente deve ficar à frente da companhia até o início de março, poucos dias depois da assembleia geral extraordinária, prevista para o dia 27 de fevereiro, para conduzir a transição para Passalio. Convocada no último dia 5, a reunião votará alterações no estatuto social da estatal.
Antes de substituir o então presidente Carlos Eduardo de Castro, Faria era adjunto do próprio Passalio na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Zema. O ainda secretário deixará a pasta, posto em que está desde abril de 2021, para assumir a presidência da Copasa. À época, ele sucedeu Cássio Azevedo, que entregou o cargo.
A baixa de Faria é a segunda na diretoria executiva da Copasa em menos de um mês. Em 11 de fevereiro, o Conselho de Administração elegeu Adriano de Moura, que atuou na Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), como novo diretor de Finanças e de Relações com Investidores. Ele assumirá o cargo na próxima segunda (24 de fevereiro), substituindo Carlos Augusto Berto.
Encaminhada por Zema à ALMG ainda em novembro, a proposta de privatização da Copasa ainda não começou a tramitar. A matéria não foi recebida em plenário pelo presidente Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho. O texto prevê a alienação total das ações do Estado para a iniciativa privada. Minas Gerais tem 50,03% do capital da companhia e o restante é dividido entre acionistas minoritários e estrangeiros.