A inflação na Argentina alcançou 117,8% no ano passado, 24,3 vezes maior do que a inflação do Brasil, que fechou em 4,83% em 2024. No país vizinho, o índice recuou 94 pontos em relação aos 211,4% de 2023, segundos dados oficiais divulgados nesta terça-feira (14). Já por aqui, o IPCA do IBGE fechou maior do que em 2023, quando ficou em 4,62%.
Os números do instituto oficial de estatísticas Indec da Argentinha indicam que em dezembro o aumento dos preços se situou em 2,7% com relação ao mês anterior. Trata-se da terceira medição mensal consecutiva abaixo dos 3%, embora tenha tido um nível de repetição por fatores sazonais. O dado confirma “a continuidade do processo de desinflação”, escreveu no X o ministro da Economia, Luis Caputo, após a divulgação do dado.
“Isto ocorre em um mês no qual o índice apresenta uma sazonalidade positiva, vinculada às festas e ao início do período de férias de verão, e em um contexto no qual tanto a atividade econômica quanto as rendas reais da população apresentam forte recuperação”, acrescentou.
O indicador foi impulsionado sobretudo pelos setores “moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis”, que tiveram um aumento de 5,3%, e comunicações, com 5%. Os setores com menor crescimento foram “equipamento e manutenção do lar”, com 0,9%, e peças de vestuário e calçados, com 1,6%.
