BRASÍLIA – O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição, vem concentrando seu arsenal no governador do Estado, Cláudio Castro (PL), nos primeiros dias de campanha eleitoral. Castro, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apoia a candidatura de Alexandre Ramagem (PL), principal adversário do prefeito na eleição.
Paes se irritou com a informação de que o chefe do governo estadual teria procurado lideranças de partidos como o Podemos e o Solidariedade para esvaziar sua candidatura. Nas redes sociais, ainda citou o ex-governador cassado Wilson Witzel, de quem Castro era vice.
“É isso mesmo: Claudio Castro é Ramagem, o Witzel das eleições de 2024! Aliás, os responsáveis pela segurança pública no Rio!”, publicou.
Em seguida, Castro respondeu: “A máscara está caindo! Eduardo Paes é o maior estelionatário dessas eleições! Seu pensamento está só no Governo do Estado. O povo será o próximo a ser traído.”
As desavenças entre os dois culminaram na exoneração do secretário estadual de Energia, Felipe Peixoto (PSD), que é do mesmo partido de Eduardo Paes. Nesta segunda-feira (19), em agenda de campanha em uma escola na Zona Oeste do Rio, o prefeito minimizou a questão.
“Ele é que está lá, nervoso com alguma coisa. […] Acho que é normal ele não querer a nossa vitória aqui na cidade. É natural que ele defenda os candidatos dele. Convivo e respeito, mas o meu apoio político ele não vai ter. Como eu também, orgulhosamente, falo que não tenho o apoio político dele”, afirmou.
Eduardo Paes é apontado nos bastidores como um possível candidato ao governo estadual do Rio de Janeiro em 2026. Setores de centro e de centro-esquerda veem no prefeito um nome para bater de frente com o bolsonarismo no Estado. Publicamente, Paes nega e diz que, caso reeleito, cumprirá o novo mandato até o final.