BRASÍLIA – O Palácio do Planalto anunciou nesta segunda-feira (30) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a realização de voo de repatriação de brasileiros no Líbano. A operação, coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, ainda não tem data definida. Segundo nota divulgada, a data será anunciada após análise das condições de segurança para o voo. Até o momento, a Força Aérea Brasileira prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que se encontra aberto.
A Embaixada no Líbano está tomando as providências necessárias para viabilizar a operação, em contato permanente com a comunidade brasileira e em estreita coordenação com as autoridades locais.
Desde a semana passada, o governo estuda a repatriação dos cidadãos brasileiros no Líbano, com a escalada da ofensiva militar de Israel. O governo brasileiro consultou quem desejava receber apoio e recolheu dados de brasileiros e parentes de primeiro grau que estão no Líbano, seja como turistas ou como residentes.
De acordo com o Itamaraty, cerca de 21 mil cidadãos do Brasil vivem em território libanês. O Ministério das Relações Exteriores criou um formulário para que os interessados preenchessem.
Dois adolescentes brasileiros, de 15 e de 16 anos, que moravam no país foram mortos pelos bombardeios na região sul do Líbano, na reação de Israel contra o grupo extremista Hezbollah.
Mais cedo, o presidente Lula condenou as ações de Israel na Faixa de Gaza e no Líbano, durante abertura do Fórum Empresarial Brasil-México, na Cidade do México. Em seu discurso, o petista declarou que a “guerra é fracasso da civilização humanitária” e classificou as ofensivas de Israel como “matança desnecessária”.
“A guerra é a prova da incapacidade civilizatória de um cidadão, que acha que ele pode, na explicação de que tem que se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que não têm nem como se defender”, criticou.
