21/11/2024
17:24

Falta de recursos e de tempo na TV não espantam nanicos da disputa eleitoral

Falta de recursos e de tempo na TV não espantam nanicos da disputa eleitoral

Em meio a gigantes do cenário político nacional como PL, PSD e PT, três legendas de menor porte, os chamados nanicos, voltam a lançar candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte em 2024 enfrentando, além de grandes siglas, a falta de recursos e também de tempo no horário eleitoral na rádio e televisão.

Uma das legendas, o PSTU, fundado em 1994, vai para a sua oitava disputa consecutiva pelo comando da capital mineira. Sua melhor colocação até agora foi um quarto lugar no primeiro turno das eleições de 2012, quando sete candidatos participaram do pleito.

Outra legenda entre os nanicos nas eleições de 2024 em Belo Horizonte, o PCO, criado em 1995, participou de todas as disputas pelo comando da capital, com exceção das de 1996 e 2016.

O melhor resultado do PCO foi, assim como o PSTU, um quarto lugar, mas entre cinco candidatos. O terceiro partido de menor porte na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte em 2024 é o UP, criado em 2016, e que lança pela primeira vez candidatura ao comando da capital.

Por não terem representantes no Congresso Nacional, um dos critérios da distribuição de recursos do Fundo Eleitoral, PSTU, PCO e UP têm participação menor no rateio, que este ano vai dividir R$ 4,9 bilhões entre os 29 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O fundo, distribuído somente em anos em que há pleito, é a maior fonte de recursos dos partidos nas campanhas atualmente.

Sem deputados ou senadores, as três legendas participam apenas de um dos critérios de distribuição, o que destina 2% do valor do fundo para ser dividido de forma igual para todas as legendas existentes no país. Neste rateio, PSTU, PCO e UP terão nas eleições 2024, para gastos nas campanhas em todo o país, R$ 3,4 milhões cada.

A falta de representatividade no Congresso Nacional impacta também na divisão do tempo de rádio e televisão para a campanha. Um dos critérios para a distribuição do tempo, que este ano será de 70 minutos diários, são as bancadas das legendas na Câmara Federal, além das coligações fechadas para a disputa pela prefeitura.

Tanto o PSTU como o PCO e o UP não fecharam parcerias com outras legendas para a disputa pelo comando da capital. A divisão exata dos tempos aos quais cada partido e coligações terão direito nas eleições municipais de 2024 só serão divulgadas pela Corte após o registro das candidaturas, cujo prazo termina nesta quinta-feira (15 de agosto).

Para se ter ideia, em Belo Horizonte, o PL, partido com maior bancada na Câmara Federal, com 93 deputados, terá entre dez e onze minutos no horário eleitoral, conforme cálculos aproximados feitos pela reportagem de O Tempo em matéria publicada em 24 de julho. A legenda terá chapa pura em Belo Horizonte este ano. Em segundo lugar ficará o PSD, que se coligou com o União, e terá entre sete e oito minutos.

O pré-candidato do PSTU nas eleições 2024 em Belo Horizonte, Wanderson Rocha, afirma que a motivação para que o partido siga apresentando nomes para a disputa na capital é a necessidade de pressionar por melhoria na condição de vida da população mais carente. “Tem gente nas periferias com dificuldade para pagar IPTU”, diz.

A pré-candidata do PCO, Lourdes Francisco, afirma que a motivação do partido é atuar por melhores condições para os trabalhadores. “E isso só irá ocorrer levando conhecimento a todos”, afirma. O UP, segundo a pré-candidata Indira Xavier, pretende dar ênfase na área da moradia. “Aprendemos no movimento popular e no dia a dia com o nosso povo que não há conquista sem luta”, diz Indira. Além do PSTU, PCO, UP, PSD, PL e PT, também lançaram candidatos nas eleições em Belo Horizonte o PDT, Republicanos, Podemos e MDB.

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