A graduação em Metalurgia e a Engenharia de Minas, embora estejam relacionadas ao setor mineral, possuem enfoques distintos e complementares.
Os engenheiros metalurgistas desempenham um papel crucial no desenvolvimento de tecnologias voltadas para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de materiais metálicos, como aço, alumínio e ligas especiais, amplamente utilizados em setores estratégicos como construção civil, transporte, automotivo, eletrônico e energia.
Concentrados em importantes polos industriais nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, esses profissionais atendem à demanda de siderúrgicas, metalúrgicas e indústrias de base. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 5 mil engenheiros metalurgistas em atuação, segundo o Sistema Confea/Crea.
Já a Engenharia de Minas, apresenta enfoque na exploração, avaliação e viabilidade de jazidas minerais. Esses profissionais são responsáveis por planejar e executar processos de extração de forma sustentável e segura, equilibrando aspectos econômicos, técnicos e ambientais. A formação abrange disciplinas como geologia, mecânica dos solos e gestão de empreendimentos, capacitando os engenheiros de minas para atuar em todas as etapas da cadeia produtiva mineral, desde a pesquisa até a gestão de grandes projetos.
Apesar da importância estratégica, a formação em Engenharia de Minas ainda enfrenta desafios no país. Nos últimos 10 anos, o número de universidades que oferecem o curso duplicou, mas ainda são apenas 20 instituições.
Atualmente, o país conta com mais de 6 mil engenheiros de minas registrados no Sistema Confea/Crea, uma quantidade considerada insuficiente para atender à crescente demanda do mercado. Os estados com maior concentração de profissionais são Bahia, Minas Gerais e São Paulo,