O economista e sócio da consultoria de investimentos Cimo Family Office, Caio Athie Tereul, afirmou que os resultados do IPCA vieram dentro de uma proximidade do que esperava o mercado. Segundo ele, a alta sobre alimentação e bebidas têm forte impacto político, tendo em vista os esforços do governo para baixar o preço dos alimentos.
“A alta nos preços dos alimentos afeta diretamente a popularidade do governo, pois tem um impacto significativo na vida da população, especialmente das classes C e D. A alimentação representa uma parcela relevante das despesas das famílias e oferece poucas alternativas de substituição. Quando esse índice está pressionado, há uma redução real no poder de compra, forçando as população a cortar gastos com outros bens para conseguir arcar com a alimentação”, opinou.
O economista citou que altas nos preços do ovo e do café, por exemplo, impactam diretamente o dia-dia da população, por se tratarem de itens essenciais que servem como termômetro para o custo de vida. “A escalada de preços desses produtos é facilmente percebida e se torna um símbolo da perda de poder de compra”, completou.
Veja, abaixo, a lista de gastos que mais subiram em fevereiro:
- Energia elétrica: 16,80%
- Gasolina: 2,78%
- Ensino fundamental: 7,51%
- Ensino superior: 4,11%
- Café moído: 10,77%
- Aluguel residencial: 1,36%
- Ovos de galinha: 15,39%
- Ônibus urbano: 3,00%
- Condomínio: 1,33%
- Ensino médio: 7,27%
- Etanol: 3,62%
- Plano de saúde: 0,57%
- Pré-escola: 7,02%
- Automóvel novo: 0,73%
- Serviço bancário: 1,21%
- Perfume: 1,81%
- Conserto de automóvel: 0,95%
- Transporte por aplicativo: 7,09%