22/11/2024
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Barroso justifica gastos com seguranças e defende ‘Gilmarpalooza’

Barroso justifica gastos com seguranças e defende ‘Gilmarpalooza’

BRASÍLIA. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu os gastos da Corte com seguranças em viagens e agendas externas, dentro e fora do país, dos ministros.

No discurso de reabertura do semestre do Poder Judiciário, nesta quinta-feira (1), Barroso disse que o mundo “mudou”, ao citar ocasiões em que se expôs com a família sem ter sofrido hostilidades, como a final da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

“Infelizmente, a vida mudou e quase todos nós aqui já vivemos momentos difíceis de tentativa de agressão, de hostilidade. Como o mundo mudou, nós, evidentemente, precisamos oferecer segurança aos ministros. Seja numa atividade pública ou privada. Não há nada de errado que seja provida segurança aos ministros para que não sejam submetidos a ataques de ordens diversas”, disse.

No mesmo discurso, o ministro defendeu a participação de membros do STF em eventos privados, como o fórum jurídico anual organizado pelo IDP, do ministro Gilmar Mendes, na Universidade de Lisboa. O evento ganhou o apelido de “Gilmarpalooza” por reunir personalidades dos Três Poderes.

Para o presidente do Supremo, as críticas a essa prática são “infundadas” e nesses eventos, são observados princípios como o da “parcimônia que convém ao poder público”.

“A crítica quando o encontro de ministros ou quando o ministro participa de um encontro organizado por empresários revela em grande parte o preconceito que existe no Brasil contra a iniciativa privada”, declarou.

A edição deste ano do Gilmarpalooza contou com autoridades como o próprio Barroso e outros ministros do STF, além do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do líder do governo, o senador Jaques Wagner (PT-BA), e de ministros do governo Lula.

Barroso ainda esclareceu que não é o Supremo quem arca com os custos das viagens e diárias para os ministros participarem desse tipo de evento.

“Isso não acontece. Só o presidente, quando é viagem em representação institucional. Reitero, nenhum ministro viaja com despesas pagas pelo STF e, menos ainda, viaja de primeira classe, até seria bom, mas o país não comporta”, apontou.

 

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