02/02/2025
14:56

MPE recomenda inelegibilidade de candidata do PSD nas Eleições 2024 em Coronel Fabriciano

MPE recomenda inelegibilidade de candidata do PSD nas Eleições 2024 em Coronel Fabriciano

O Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou a inelegibilidade por oito anos de Wanderleia de Jesus, 58 anos, do Partido Social Democrático (PSD). A candidata, que usou o nome “Wanderlei Enfermeira” na urna, foi acusada de lançar uma candidatura fictícia nas eleições de 2024. A decisão caberá ao Juiz Eleitoral da 97ª Zona Eleitoral.

A recomendação do MPE foi resultado de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela munícipe Deborah Helena Andrade Oliveira. Na ação, a autora alegou que o PSD teria utilizado candidaturas “laranjas” para atender à cota de gênero exigida por lei, que determina que pelo menos 30% dos candidatos sejam mulheres.

Segundo o processo, Wanderleia não demonstrou intenção real de concorrer, tendo obtido apenas um voto, não realizado campanha efetiva e não movimentado recursos financeiros.

Provas e depoimentos

A investigação apontou indícios contundentes de que Wanderleia usou a candidatura apenas para obter benefícios pessoais. Áudios apresentados no processo mostram a candidata admitindo que seu objetivo era obter licença remunerada como servidora pública.

Em um dos áudios citados no processo, Wanderleia afirmou:
“Eu candidato só pra mim ficar os três meses fora, entendeu? Eu não peço voto não (risos). Desde 2008 que eu só saio para… é feio falar isso, né? Mas eu só saio para poder ficar em casa mesmo.”

Além disso, testemunhas como Pablo Torres e Elisangela Damasceno Torres corroboraram que Wanderleia já havia adotado esse comportamento em eleições anteriores, utilizando o sistema eleitoral como meio de obter licença remunerada.

Abuso de poder político

O MPE concluiu que, apesar de não haver evidências de fraude à cota de gênero, a candidatura de Wanderleia configurou abuso de poder político. A candidata teria se beneficiado da licença remunerada sem a intenção legítima de participar da disputa eleitoral.

Impacto na chapa do PSD

A investigação não encontrou indícios de envolvimento dos demais candidatos do PSD na suposta fraude. O partido conseguiu cumprir a cota de gênero, com dez homens e sete mulheres, mesmo desconsiderando a candidatura de Wanderleia. Por isso, as sanções não devem impactar os outros membros da chapa.

Sanções recomendadas

O MPE sugeriu a aplicação das penalidades previstas no artigo 22 da Lei Complementar nº 64/90, incluindo a inelegibilidade por oito anos, contados a partir das eleições de 2024. Caso a recomendação seja acatada, Wanderleia de Jesus ficará inelegível até 2032.

A candidata também poderá ter seu diploma cassado, caso tivesse sido eleita.

Próximos passos

Agora, cabe ao Juiz Eleitoral da 97ª Zona Eleitoral de Coronel Fabriciano decidir sobre o caso, analisando o parecer do MPE e os autos do processo.

Repercussão política

O episódio trouxe repercussões negativas para o PSD em Coronel Fabriciano, prejudicando a imagem do partido na região. Eleitores podem questionar a seriedade do partido diante da acusação de que uma de suas candidatas teria usado o sistema eleitoral para benefícios pessoais.

A decisão final da Justiça Eleitoral deve ser divulgada nos próximos dias.

Confira a matéria completa em: soaquinoticias.com.br

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