O cantor sertanejo Eduardo Costa foi o artista que mais recebeu recursos públicos de prefeituras em Minas Gerais entre 2020 e 2024, conforme dados divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta quarta-feira (27 de novembro). Ao longo desse período, Eduardo Costa acumulou R$ 19.142.701 em pagamentos por apresentações em 65 municípios mineiros.
Só em 2024, ano eleitoral, o cantor recebeu R$ 9,6 milhões de prefeituras. Os municípios que mais investiram em shows de Eduardo Costa foram Monsenhor Paulo e Brasilândia de Minas, que pagaram R$ 400 mil cada. Na região metropolitana de Belo Horizonte, Vespasiano e Nova Lima desembolsaram R$ 300 mil para apresentações do cantor em 2023 e 2022, respectivamente, enquanto Ribeirão das Neves investiu R$ 250 mil em 2023.
Durante a pandemia de Covid-19, em 2021, Eduardo Costa realizou apenas uma apresentação pública, na cidade de Mato Verde, no Norte de Minas. O show, que custou R$ 213,5 mil, foi realizado para comemorar o aniversário do município, que tem cerca de 12 mil habitantes.
Além de Eduardo Costa, outros artistas sertanejos também figuram entre os que mais receberam recursos públicos de prefeituras mineiras nos últimos cinco anos. Os cantores Leonardo e a dupla Fernando e Sorocaba ocupam o segundo e terceiro lugares na lista, com cerca de R$ 16 milhões cada. Confira a lista completa abaixo.
Artistas que mais receberam recursos públicos em Minas Gerais (2020-2024):
- Eduardo Costa: R$ 19.142.701, em 65 municípios
- Leonardo: R$ 16.473.947, em 39 municípios
- Fernando e Sorocaba: R$ 16.034.240, em 65 municípios
- César Menotti e Fabiano: R$ 15.376.432, em 63 municípios
- Barões da Pisadinha: R$ 14.622.340, em 48 municípios
- Gino e Geno: R$ 14.360.950, em 84 municípios
- Amado Batista: R$ 13.434.900, em 58 municípios
- Diego e Victor Hugo: R$ 12.609.850, em 61 municípios
- Clayton e Romário: R$ 11.774.650, em 67 municípios
- Felipe Araújo: R$ 11.453.412, em 58 municípios
A contratação de Eduardo Costa por prefeituras como Monsenhor Paulo gerou questionamentos sobre o uso de recursos públicos para shows, especialmente em um ano eleitoral. Em resposta, a Prefeitura de Monsenhor Paulo justificou que a contratação do cantor para a Festa de Peão da cidade seguiu todos os parâmetros da Lei de Licitações, com o valor de R$ 400 mil baseado em pesquisa de mercado. A administração destacou ainda o caráter filantrópico do evento, que arrecadou mais de 12 toneladas de alimentos e R$ 540 mil, destinados a entidades assistenciais do município.
Fonte: https://www.otempo.com.br
