21/12/2024
08:35

Presidente Da Usiminas Faz Balanço De 2024 E Projeta Expectativas Para O Próximo Ano

Legenda: Marcelo Chara, presidente da Usiminas e o Diretor de Comunicação Corporativa, Roberto Gonzales. 

Nesta quinta-feira(19), o presidente da Usiminas, Marcelo Chara, em encontro com a imprensa regional, apresentou balanço sobre o desempenho da Usiminas em 2024 e projetou expectativas para 2025. Em pauta, o maior volume de vendas no ano, os impactos ainda percebidos como avassaladores do nível de importação, especialmente de produtos advindos da China, os investimentos para a mehoria no meio ambiente, o apoio às iniciativas na área de cultura, esporte e lazer e as relações com a comunidade.

Para Marcelo Chara, 2024 foi um ano bom para a usiminas que, por sua vez se justifica, estar na esteira do crescimento do PIB, em 2024, estimado por especialistas de mercado para 3,5%, assim como demais indicadores econômicos como desemprego (6,5%) e a inflação que se mantém até o limite do teto da meta. “Estamos concluindo investimentos da ordem de mais de 600 milhões de reais na reforma da Coqueria 3 que atesta o que a percepção da economia brasileira no ano nos faz acreditar no retorno a longo prazo”, observa o executivo.

Contudo, indagado por Negócios Já! acerca do que mais seria impactante para o futuro da empresa em 2025, se as questões macroeconômicas aliadas as transformações geopolíticas resultantes de 03 conflitos simultâneos (Russia x Ucrania, Israel x Hamas/Hesbolah, tomada da Síria pelos rebeldes do HTS-Hayat Tahrir al-Sham) e a relação umbilical entre as potências China-Rússia; a microeconomia que vive a elevação descontrolada do câmbio, a dívida pública crescente e os juros altos que inibem o investimento ou a judicialização dos acionistas Ternium x CSN acerca da multa de 5 bilhões que podem desestimular investimentos na empresa ou até inviabilizar a permanência da configuração do atual do bloco de controle acionário ele se esquivou de comentar a última alternativa. “Sou Usiminas e não posso comentar sobre nenhum aspecto relativo aos acionistas, então analiso as duas primeiras (macroenconomia-geopolítica) e microeconomia (juros altos, câmbio, etc. ). Para o executivo, o que no momento preocupa, de forma geral é a elevação dos juros básicos da economia que inibe o investimento, não gera mais consumo, reduz a produção e recai no nível de desemprego. “O câmbio não impõe a forma com a qual que conduzimos a empresa e sim a busca constante pela eficiência. Trabalhamos com todos os cenários do câmbio”, explica Chara.

Relações com a Comunidade 

O “Usiminas de Portas Abertas”  é o programa que permite a visitação às unidades industriais da empresa, como Ipatinga e Cubatão. Citado, com muito entusiamo pelo executivo, o programa oferece a oportunidade de conhecer a produção de aço, inovações, investimentos ambientais e segurança. As visitas possuem características que se agrupam em três modalidades: Comunidade e Institucional, Técnico e Acadêmico, e Cultural. Em 2024, mais 560 pessoas tiveram a oportunidade de acompanhar partes do processo siderúrgico. 

Meio ambiente

Chara chamou a atenção pelo volume de investimentos feito pela Usiminas em 2024, observado em várias ações de controle ambiental na sua unidade de Ipatinga, dentre eles destacam-se a Central de Monitoramento Ambiental responsável por medições contínuas para controlar as emissões de gases poluentes e materiais particulados, a Rede Automática de Monitoramento de Partículas (Ramp) que possui 31 pontos de captação de dados que identificam as fontes das principais emissões da planta, os canhões de névoa, instalados nos pátios de matéria-prima e, agora, a cobertura sobre as montantes de matérias prima, em especial do pátio de carvão.

Chara acrescentou, em seus comentários, que a Usiminas somente no período compreendido entre 2019 e 2023 destinou R$ 2,5 bilhões em investimentos e grandes manutenções, principalmente, em equipamentos ambientais no Centro Industrial de Ipatinga. Foram aportes crescentes a cada ano, com foco principal na redução das emissões de particulados do processo de produção, o conhecido “pó preto”. Nesses últimos cinco anos, foram quase R$ 500 milhões aplicados em novos equipamentos (Capex) e R$ 2 bilhões em despesas operacionais, que incluem grandes reparos (Opex)”, conclui o executivo.

Volume de vendas e desempenho operacional

Chara comemorou o melhor desempenho do Alto-Forno 3, que atingiu o maior volume de produção desde 2010. “Atualmente, produzimos mais aço bruto com dois altos fornos do que o que produzíamos com três”. exalta o CEO. O volume de vendas teve um crescimento de 8% na comparação com o segundo trimestre, registrando 1,1 milhão de toneladas. Houve crescimento de 10% de comercialização no mercado interno, o maior volume desde o 3T21 o que acredita, o executivo, que os numeros finais de 2024 corroboram os conquistados no penultimo trimestre.

Já a Mineração Usiminas, por outro lado, apresenta queda, refletindo o cenário desafiador no mercado de minério de ferro canalizado por demanda chinesa, mais arrefecida. “A desaceleração da China teve momentos de menor importação e queda de preços do Minério de Ferro afetou os resultados da MUSA”, oberva o executivo.

Chara afirmou que a Usiminas segue acompanhando, junto ao Instituto Aço Brasil e outras entidades, o contínuo aumento do volume de aço subsidiado importado, principalmente de origem chinesa. Para se ter uma idéias, somente no trimestre anterior, foram 934 mil toneladas de laminados planos, um aumento de 13% em relação ao segundo trimestre e que representam 22% do consumo aparente de aços planos no Brasil.

Para Chara, as medidas implementadas em abril pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, MDIC, que estabeleceu cotas máximas para limitar a entrada de aço importado no país,  válida somente por 12 meses e afeta 11 NCMs (nomenclaturas comuns do Mercosul (A alíquota do imposto de importação para os 11 produtos de aço é de 25%. Esta alíquota é aplicada sobre a quantia que superar em 30% a média do volume importado entre 2020 e 2022), não surtiram os efeitos esperados, não inibindo, assim, a entrada crescente do Aço Chinês. “A fraca demanda interna da China e políticas protecionistas de países da Europa e EUA encontra no Brasil o melhor mercado para que o excedente das siderúrgicas chinesas possam operar”, desabafa o executivo.

2025

A indústria siderúrgica estimou na segunda-feira (16), por meio da entidade que representa as usinas, O instituto Aço Brasil, que a produção de aço bruto do Brasil em 2025 vai cair 0,6%, para 33,58 milhões de toneladas, enquanto as vendas no mercado interno deverão recuar 0,8%, para 21 milhões de toneladas.  A visão de Marcelo Chara não se contrasta, na síntese de suas palavras, o que todo o setor espera para o novo ano do que a Usiminas projeta. “Teremos que ser bem mais cuidadosos e responsáveis com investimentos, despesas e desempenho esse, por ultimo,  garantidor da performance dos dois primeiros. Como na economia das famílias, reduzir custos e despesas promover ganhos de produtividade contínuos e, obviamente, afetar o mínimo de perdas de vagas, sendo estas somente pela atualização tecnológica em que novos equipamentos e processos extinguem a necessidade de mão de obra”, conclui Chara.

Confira a matéria completa em: portaln.com.br

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