Bolsas dos EUA fecham em alta, após dados de inflação ao consumidor; dólar sobe 0,3%, a R$ 5,46.
É a sétima alta robusta do Ibovespa, a sexta com ganhos de aproximadamente 1 mil pontos nesta sequência. Hoje, o principal índice da Bolsa brasileira fechou com mais 0,69%, aos 133.317,66 pontos, uma alta de 919,69 pontos. É o maior patamar de fechamento do ano, que só remete aos 134.185 pontos de 28 de dezembro de 2023, o último pregão do ano passado, normalmente com volume mais enxuto. Desde que começou o atual rali, o Ibovespa já acumula pouco mais de 8 mil pontos.
O dia só não foi melhor porque o dólar comercial não acompanhou o ritmo e subiu 0,35%, a R$ 5,46, interrompendo uma sequência de seis quedas consecutivas. Já os DIs (juros futuros) ficaram próximos da estabilidade, com altas apenas nos vencimentos mais curtos (25 e 26).
O pontos mais importante observado no dia foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de julho nos EUA. Os dados vieram dentro do esperado. O bom comportamento da inflação norte-americana solidifica as projeções de que o Federal Reserve vai iniciar os cortes de juros em sua reunião de setembro, avaliam os economistas. A dúvida que permanece agora é sobre a intensidade dessa redução até o final do ano.
Para Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, o CPI, embora ainda acima da meta do Fed, fortalece a tese de que “a porta para cortar juros em setembro não só está aberta, mas também escancarada”. Andressa Durão, economista do ASA, pondera que “mais importante que este dado serão os de mercado de trabalho, a serem divulgados mês que vem. Até a decisão de setembro, teremos a divulgação de mais um mês de dado de inflação e um de emprego”.
Mas o Brasil ainda pôde contar com os dados do varejo. O volume de vendas do comércio varejista interrompeu uma sequência de cinco meses seguidos de alta e caiu 1,0% em junho ante maio, conforme o IBGE. As vendas mais fracas no segmento de hiper e supermercados puxaram o desempenho para baixo no mês. Porém, Igor Cadilhac, economista do PicPay, entende que “esse desempenho não altera a tendência positiva do setor, sendo uma correção natural, (após meses seguidos) que levaram ao recorde da série histórica”.
Ibovespa e os balanços
O bom momento da Bolsa brasileira passa ainda pelo noticiário corporativo e pelos balanços do 2º trimestre. A temporada continua. Hoje, por exemplo. Cemig (CMIG4) disparou 7,84%, mesmo com queda do lucro no segundo trimestre. O que realmente chamou a atenção foram os proventos bilionários aprovados. A companhia aprovou a distribuição de R$ 1,42 bilhão em dividendos, o que representa um rendimento robusto de 4,4%.
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