Legenda: Corpo de bombeiros
Acordo deve ser assinado no fim de outubro, priorizando atingidos, com benefícios em saneamento e meio ambiente para a Bacia do Rio Doce.
Os atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, serão priorizados em termos de indenizações. Um acordo de R$ 100 bilhões entre a União, os estados e as mineradoras dará quitação cível – dívidas completamente pagas -, a não ser na questão de saúde futura, inclusive para a Fundação Renova.
As informações são do procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, na campanha Casa Aberta da instituição, nesta edição com a imprensa mais voltada ao meio ambiente. Ele falou também sobre a Rodovia do Minério, que vai tirar carretas da BR-040.
Atingidos
Com informações da Agência Pública, enquanto o governo federal divulga a cifra de R$ 100 bilhões como o valor necessário “para recuperar o que foi estragado” e “cuidar do povo”, como disse o presidente Lula em entrevista no início de setembro, os atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, no município mineiro de Mariana, defendem que não há reparação possível sem incluir quem vive as consequências do crime ambiental. Na última semana, lideranças de comunidades de Minas Gerais e Espírito Santo vieram a Brasília para pressionar o governo por sua inclusão na mesa de negociações, visto que nem sequer sabem o que está previsto no acordo.
“A gente está tendo uma repactuação que não é transparente e ele [Lula] prometeu que seria transparente com os atingidos”, afirmou Valeriana Gomes de Sousa, que representa os atingidos da cidade de Naque (MG), no mês passado, em audiên cia pública.