(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O técnico William Batista considerou que a expulsão de Cauan Barros foi determinante para a derrota do América no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro. Neste sábado (8/3), o Coelho caiu diante do Atlético por 4 a 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, e ficou em situação complicada na busca pelo título estadual.
Em entrevista coletiva após a partida, Batista questionou a decisão do VAR na expulsão de Barros, aos 22 minutos do primeiro tempo, por acertar um tapa em Cuello. Segundo o treinador, somente o árbitro Vinícius Gomes do Amaral deveria decretar ou não o cartão vermelho no lance.
“Eu disse que eu não quero ser um treinador que bota culpa ou desculpa em árbitro. Eu até revi o lance ali e sei que é um lance muito interpretativo, né? Quando o lance é no mínimo interpretativo, talvez o juiz tenha que decidir por ele o que é e o que não é”, iniciou Batista.
“Eu acho que o Wagner Reway [arbitro de vídeo] poderia ter chamado o Vinicius de Amaral para dar uma observada. Na minha opinião, o lance foi para a expulsão, mas é um lance interpretativo e talvez você mude a sua opinião. Não é uma decisão do próprio VAR”, acrescentou.
A interferência de um jogador a menos foi determinante para o resultado. E aí repito, eu acho que poderia ter pelo menos uma análise um pouquinho mais afundada da jogada”, ressaltou.
Falha do goleiro Jori
William Batista ainda evitou críticas a Jori pelo primeiro gol do Atlético no jogo. Substituto de Matheus Mendes na partida, o goleiro tentou defender um cruzamento rasteiro de Guilherme Arana, mas deixou a bola passar entre as pernas.
“Jori é uma pessoa sensacional, um cara inteiro, trabalhador, que se dedica. Ele é um cara que merece tudo de melhor na vida dele. O jogo que ele fez aqui contra o Atlético na fase classificatória o credencia para ter oportunidades. Qualquer ser humano, em qualquer área, vai falhar”, avaliou.
“Hoje vai se falar da falha dele, mas quem está no dia a dia, quem está com ele, não sabe o quanto ele merece, o quanto ele pode, o quanto ele talvez seja merecedor. O nosso grupo é unido, fechado, e a gente não busca herói quando a gente vence. Também não tem vilão quando a gente perde”, concluiu o treinador.
América tenta milagre no jogo de volta
Com o resultado da ida, o América deve vencer por cinco ou mais gols de diferença para garantir a taça. Em caso de uma igualdade na soma dos placares, a decisão será nos pênaltis.
O jogo de volta será no próximo sábado (15/3), às 16h30, no Independência. O América tem a vantagem de decidir em casa por ter terminado a primeira fase em primeiro lugar do Grupo B, enquanto o Galo foi o segundo colocado do Grupo A.