21/11/2024
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Vitória prejudicado? Veja opinião de comentaristas sobre gol de empate do Cruzeiro < No Ataque

Lance de Vitória x Cruzeiro (foto: Reprodução/Premiere)

Após sair perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo, o Cruzeiro correu atrás do placar na etapa final e empatou por 2 a 2 com o Vitória, no Barradão, nesta segunda-feira (19/8), pelo Campeonato Brasileiro. O segundo gol da Raposa gerou certa polêmica, mas foi validado pelo árbitro.

Aos 38 minutos do segundo tempo, Juan Dinenno cabeceou para o fundo da rede adversária e igualou o placar – ele também havia marcado o primeiro da Raposa. Os jogadores do Vitória logo partiram em direção ao árbitro Marcelo de Lima Henrique com o objetivo de reclamar uma suposta falta feita pelo centroavante celeste no momento da finalização

Entretanto, o que mais chamou a atenção foi o domínio do meio-campista Matheus Henrique no início da jogada. Ao disputar no alto, o jogador teria tocado com a mão na bola. O lance foi checado pelo VAR Daniel Nobre Bins, que decidiu por não chamar o árbitro para a revisão. O gol, então, foi validado.

Veja:

Opinião de comentaristas sobre o lance

Após a partida, o lance foi comentado por especialistas em arbitragem, como os ex-árbitros Márcio Rezende de Freitas e Renata Ruel, e pelos ex-jogadores Roger Flores, Dodô, Grafite e Caio Ribeiro.

Todos concordaram que o gol do Cruzeiro deveria ter sido anulado em função de o meia Matheus Henrique ter tocado com o antebraço na bola no momento do domínio.

“A imagem que a gente vê, que é da câmera 1 lá de cima, fica-se com a impressão (de que a bola pegou no antebraço). Com aquela imagem, fica-se com a impressão. Mas o VAR, ele vê outras imagens e nem todas vão ao VAR, é bom a gente frisar sempre isso. O VAR tem que ter uma imagem definitiva e ele vai falar com o Marcelo: ‘Não houve toque, a bola pegou foi no peito’. Então, ele não precisa ir lá ver. A gente fica com aquela impressão que poderia, sempre no condicional, ter pegado no braço ali.”

Márcio Rezende de Freitas, comentarista de arbitragem da Itatiaia.

Renata Ruel comentou sobre o lance em publicação no X (antigo Twitter): “No gol (de empate do Cruzeiro) há um domínio deliberado no braço do atacante (meia, Matheus Henrique) no início da jogada que caracteriza infração. Assustador, CBF, VAR e árbitro”.

Durante o programa Boleiragem, do SporTV. Os ex-atacantes Dodô e Grafite disseram que anulariam o gol em função, principalmente, do toque no antebraço do meio-campista do Cruzeiro. Eles também destacaram a possível falta de Dinnenno.

“Pega na mão, claramente. O do Dinenno, não sei se a carga que ele faz é suficiente, mas em câmera lenta é. Na hora do jogo não dá pra ter muita certeza, mas acho que é um lance que poderia naturalmente não validar. Tem duas situações, a do Matheus Henrique, que é um toque na mão para mim, e do Dinenno, que eu falei, talvez não seja suficiente, mas ele tem um empurrão dentro da área também, poderia ter anulado.”

Dodô, ex-jogador e comentarista

“Normalmente quando tem esse empurrão do atacante do zagueiro, o zagueiro desiste da jogada, né? Ele é empurrado e o zagueiro do Vitória ainda continua, faz a ação tentando girar. Eu estou com o Dodô, acho que o toque do Matheus de mão já era o suficiente pra anular o gol.”

Grafite, ex-jogador e comentarista

Caio Ribeiro foi ainda mais incisivo na crítica à decisão da arbitragem. Ele classificou a validação do segundo gol de Dinenno como “um absurdo”.

“É um absurdo o VAR não chamar. Porque o lance do cabeceio e a disputa por espaço dentro da área, é um lance de interpretação. O árbitro viu e analisou de forma normal. Eu acho que não tem que ter esse tipo de interferência, prevalece a decisão de campo. A mão é claríssima. O início da jogada, na hora que ele domina a bola, ele domina com o braço. Ali o VAR tem que chamar e falar: ‘Olha, foi mão, dá uma olhada no monitor, porque realmente o gol tem que ser anulado’. Acho que o Vitória foi muito prejudicado”. disse.

“Eu acho também, eu acho que o Vitória foi prejudicado. O lance deveria ser anulado, principalmente pelo toque de mão do Matheus Henrique, que é a origem do lance, ele que abre pro cruzamento do lado esquerdo. Dentro da área é um lance de interpretação. Tem uma carga do Dinenno ali, mas também não acho que é suficiente para derrubar o zagueiro ou tirar o zagueiro da disputa”, concordou Roger Flores.

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