Terminada a temporada melancólica do Atlético, com a perda dos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores, e uma participação temerosa no Campeonato Brasileiro em que se livrou do rebaixamento na última rodada, o Galo se despede do ano com um prêmio de consolação. Afinal, o clube garantiu ao menos uma vaga na próxima edição da Copa Sul-Americana.
Mas como foi a última participação do Atlético na segunda competição entre clubes mais importante da Conmebol?
O No Ataque relembra agora a campanha do Galo na Copa Sul-Americana de 2020, ano em que o time se despediu do torneio de forma precoce com Guilherme Arana e Igor Rabello em campo – únicos remanescentes quatro anos depois.
Queda precoce
Galo é goleado na Argentina
Em 2019, o Atlético terminou a Série A na 13ª colocação, com 48 pontos, garantindo vaga na Copa Sul-Americana de 2020.
O Galo, no entanto, não aproveitou a oportunidade e deu um vexame logo na estreia. O time então comandado pelo venezuelano Rafael Dudamel encarou o modesto Unión, da Argentina, e foi goleado por 3 a 0 na primeira partida no Estádio 15 de Abril, em Santa Fé.
Naquela partida, no dia 6 de fevereiro, o Atlético foi escalado com Michael; Mailton, Réver, Gabriel e Fábio Santos; Zé Welison, Jair e Allan; Hyoran, Marquinhos e Franco Di Santo. Guilherme Arana, Edinho e Dylan Borrero ainda entrarram na etapa final.
O Atlético falhou sucessivamente na defesa e ainda perdeu pênalti no fim com Allan. O centroavante Walter Bou, do Unión, abriu o marcador logo aos 2′ minutos do primeiro tempo ao receber um lateral na grande área. Cabrera ampliou aos 42′ com forte chute no ângulo. Carabajal completou a goleada aos 6′ do segundo tempo depois de receber lançamento e passar por Réver.
Vitória no Independência não evita eliminação
No dia 20 de fevereiro de 2020, no Independência, mais de 16 mil atleticanos presenciaram a vitória do Galo sobre o Unión por 2 a 0. O resultado, contudo, não foi suficiente para o time de Dudamel avançar na Sul-Americana.
O Atlético entrou em campo com mudança no sistema tático. O treinador apostou numa formação que privilegiava os avanços dos laterais com três zagueiros e três armadores. Sendo assim, o Galo teve Michael; Igor Rabello, Réver e Gabriel; Guga, Jair, Nathan e Guilherme Arana; Otero, Hyoran e Franco di Santo. Iago Maidana, Ricardo Oliveira e Marquinhos entraram no time no segundo tempo.
Otero aos 15′ abriu o placar. De longe, o venezuelano arriscou uma batida cheia de curva e venceu o goleiro Moyano. Aos 26′, Réver sofreu pênalti ao ser puxado na área. Sem Fábio Santos em campo, Hyoran assumiu a responsabilidade e marcou. Os argentino, no entanto, equilibraram as ações e impediram o terceiro gol.
Outra tragédia em 2020
A eliminação do Atlético na primeira fase da Sul-Americana de 2020 não foi o único vexame da temporada. Apenas seis dias depois, o Galo de Dudamelo visitou o Afogados, no Vianão, em Afogados da Ingazeira (PE), pela segunda fase da Copa do Brasil.
Após empate por 2 a 2 no tempo regulamentar, o Galo perdeu por 7 a 6 nos pênaltis.