21/11/2024
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Thaísa segura as lágrimas antes de Paris 2024 < No Ataque

Thaísa, da Seleção Brasileira feminina de vôlei, alongando (foto: Wander Roberto/COB)

Thaísa conserva a fama de durona. Do alto dos 1,96m, a central de 37 anos construiu a vitoriosa carreira desta forma. Às vésperas de Paris 2024, contudo, a jogadora da Seleção Brasileira feminina de vôlei precisa se esforçar para segurar as lágrimas. Afinal, está prestes a disputar os Jogos Olímpicos pela última vez.

A primeira foi aos 21 anos, em Pequim 2008. À época, a jovem talentosa conquistou a medalha de ouro pela primeira vez. O bicampeonato veio quatro anos depois, em Londres 2012. Na Rio 2016, integrou a Seleção que foi eliminada pela China nas quartas de final. Em 2021, em Tóquio, ficou de fora da convocação.

“Eu falaria para a Thaísa de 21 anos para ela aproveitar e viver realmente isso. Estar nos Jogos Olímpicos não é normal, é o que todos atletas do mundo buscam e nem todos conseguem. Eu ia muito no automático, lógico que eu estava feliz, mas não tinha noção da grandeza”, pontuou a bicampeã olímpica, após treino aberto à imprensa nessa segunda-feira (22/7), no Gymnase Des Docks, em Saint-Ouen.

“E eu falaria para ela se cuidar, se focar, cuidar da parte física, cuidar do seu mental, porque você vai precisar lá na frente, hoje, principalmente”, prosseguiu.

“Eu fico um pouco emocionada quando eu penso nessas coisas. Estou um pouco sentimental ultimamente. Eu não gosto de chorar não, mas me emociona, porque vai ser a última (Olimpíada) com a Seleção”, completou a experiente jogadora, com as mãos no rosto para conter as lágrimas.

Chegar à quarta Olimpíada custou caro para Thaísa. Em 2017, teve de lidar com uma grave lesão no joelho esquerdo. A central do Minas Tênis Clube chegou a anunciar que não jogaria mais pela Seleção Brasileira e abriu mão de disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Nos últimos anos, porém, tudo mudou. Ou melhor, quase tudo. Thaísa conseguiu voltar a jogar em alto nível e retornou à Seleção Brasileira. No entanto, as dores continuam.

“O que me trouxe de volta é o amor a esse esporte que mudou a minha vida, mudou a vida da minha família e me mudou como pessoa”, afirmou Thaísa.

“Eu sinto dor todo dia, independentemente do momento. Hoje, eu não preciso estar em quadra para estar sentindo dor. Eu já acordo sentindo dor, mas é o que eu falo. São escolhas. Eu escolhi passar por isso, eu já sabia que isso iria acontecer”, continuou.

“Então, eu preciso estar pronta. Fico na fisioterapia, me preparo na academia. Quando você está focada mentalmente, até as dores você consegue superar”, finalizou.

Seleção Brasileira feminina de vôlei em Paris 2024

A Seleção Brasileira feminina de vôlei chega aos Jogos Olímpicos de Paris 2024 como uma das favoritas ao ouro olímpico. No último teste antes da Olimpíada, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães ficou em quarto lugar na Liga das Nações (VNL).

Na fase de grupos, o Brasil fez história ao se tornar a primeira equipe a vencer todas as partidas. Na sequência, avançou contra a Tailândia nas quartas de final. Porém, perdeu para o Japão na semi e a Polônia na disputa pelo terceiro lugar.

Coincidentemente, Japão e Polônia estão na chave do Brasil na Olimpíada. A seleção do Quênia completa o Grupo B.

Ao todo, 12 seleções disputam o vôlei feminino em Paris 2024. As equipes estão divididas em três grupos de quatro. As duas primeiras de cada chave e as duas melhores terceiras colocadas avançam às quartas de final.

Grupo da Seleção Brasileira feminina de vôlei na Olimpíada

  • Brasil
  • Japão
  • Polônia
  • Quênia

Datas e horários do Brasil no vôlei feminino em Paris 2024

  • Brasil x Quênia – 29/7 (segunda-feira), às 13h
  • Brasil x Japão – 1º/8 (quinta-feira), às 13h
  • Brasil x Polônia – 4/8 (domingo), às 21h

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