Gustavo Costas não é apenas o técnico do Racing. Ele é técnico, ex-jogador e, acima de tudo, um torcedor fervoroso da Academia. Não à toa, o festejo pelo título da Copa Sul-Americana sobre o Cruzeiro teve sabor especial. E sobrou até uma provocação para os rivais locais Boca Juniors e River Plate.
Neste sábado (23/11), o comandante de 61 anos liderou o Racing na vitória por 3 a 1 sobre o Cruzeiro, na Nueva Olla Azulgrana, em Assunção, no Paraguai. Após levantar a taça continental, Costas distribuiu sorrisos na entrevista coletiva. Foi quando ele fez menção aos rivais.
“Este grupo merece. O que a torcida do Racing fez é extraordinário. Não somos nem milionários, nem a metade mais um, somos diferentes”, declarou o treinador.
“Millonarios” é o apelido do River Plate, enquanto “la mitad más uno” (“a metade mais um”, em tradução para o português) é a forma como o Boca se intitula para se vangloriar pelo tamanho da própria torcida.
“Penso no meu velho (pai), meu avô, meus tios. A metade deles não está (mais viva). A gente lembra de todos eles. Foram eles que nos levaram ao estádio quando éramos crianças e nos colocaram essa ‘droga’ no sangue”, completou Gustavo Costas.
O treinador era torcedor do Racing na infância, estreou como jogador pelo clube em 1981, caiu de divisão, foi capitão na volta à elite e conquistou os títulos da Supercopa Libertadores e da Copa Interamericana de 1988. Agora, consagra-se campeão da Sul-Americana como técnico.
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