O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) tomou a decisão, nesta quinta-feira (14/11), de negar o pedido do Goiás sobre a anulação do jogo com o América. A partida da 32ª rodada da Série B foi disputada em 17 de outubro, no Independência, em Belo Horizonte, e terminou com placar de 2 a 2 e com uma grande polêmica.
No fim do jogo, Ángelo Rodríguez marcou o gol que poderia ter garantido a vitória para os visitantes. Após orientação do VAR, o árbitro Caio Max Augusto Vieira (RN) decidiu anular o lance – a bola havia batido no próprio juiz no início da jogada. No primeiro momento, ele havia mandado o jogo seguir.
Na ocasião, o VAR foi comandado por Paulo Renato Moreira da Silva Coelho (RJ) e o trio de arbitragem também foi composto pelos auxiliares Lorival Candido das Flores (RN) e Schmacher Marques Gomes (PB). Após a decisão, os jogadores do Goiás protestaram em campo – e seguiram com a indignação depois do apito final.
Logo no dia seguinte à partida, o Goiás fez o pedido ao STJD de impugnação da partida devido à anulação polêmica. Porém, por unanimidade, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva negou o pedido da equipe esmeraldina. O procurador-geral Paulo Emilio Dantas falou sobre a resposta negativa.
“A equipe do Goiás não havia iniciado um ataque promissor. A jogada estava distante com a defesa do América posicionada… O lance foi revisado pelo VAR, na medida que se tratou de um incidente grave. Erro claro e manifesto que impõe a intervenção do árbitro de vídeo na medida que impossibilitou uma oportunidade clara de gol. A Procuradoria opina pela improcedência de impugnação de partida”
Paulo Emilio Dantas, procurador-geral do STJD
Em meio à unanimidade na decisão de negar o pedido do Goiás, o auditor Luiz Felipe Bulus, relator da partida, explicou a razão do seu voto para que o resultado do jogo entre a equipe goiana e o América seja mantido.
“Não seria possível falar em erro de direito, tendo em vista que o entendimento sobre ser ou não um ataque promissor tem certo grau de subjetividade e deve ser decidido pelo árbitro da partida. […] É certo, portanto, que o lance foi corretamente revisado pelo VAR, na medida em que as situações de checagem de gols são protocolares e é inconteste que houve um ‘incidente grave despercebido’ pelo árbitro de campo”, concluiu o auditor.
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