21/11/2024
18:40

SAF do Atlético tenta captar R$ 105 milhões no mercado financeiro < No Ataque

Sede do Atlético, em Belo Horizonte (foto: Lucas Bretas/No Ataque)

A Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético tenta captar, por meio das debêntures-fut, R$ 105 milhões no mercado financeiro. A iniciativa é pioneira entre os clubes-empresas do Brasil e tem como objetivo a quitação de parte das dívidas do Galo, além do alongamento dos prazos de outras pendências alvinegras.

As debêntures-fut são um instrumento criado principalmente para as SAFs, como alternativa para captação de recursos no mercado. Elas permitem que um clube levante capital por meio de dívida com investidores em geral – no caso dos papéis alvinegros, junto a profissionais do ramo (aqueles que têm ao menos R$ 10 milhões investidos).

Pelas regras, as debêntures-fut devem ser revertidas ao desenvolvimento do negócio ou ao pagamento de despesas e dívidas. Os títulos devem ter vencimento mínimo de dois anos, remuneração no mínimo igual à poupança, pagamento de juros periódicos e não podem ser recomprados pelo emissor.

As debêntures-fut do Atlético

As debêntures-fut emitidas pelo Atlético pagam, segundo informações enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) mais 3,5% ao ano e vencem em 2027. A oferta pública prevê distribuição de 105.000 debêntures simples, não conversíveis em ações, com valor unitário nominal de R$ 1 mil.

O cronograma da oferta prevê início das apresentações a potenciais investidores nesta segunda-feira (30/9), que também é a data estimada para primeira liquidação financeira das debêntures-fut do Galo. A data limite para divulgação do anúncio de encerramento da oferta é 29 de março de 2025.

Oficialmente, o Atlético não pode se manifestar sobre o tema em virtude do período de silêncio imposto pela CVM. Trata-se de um intervalo de tempo em que uma empresa que emitiu oferta pública junto à autarquia adota conduta silenciosa perante à imprensa ou outras mídias.

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A SAF do Atlético

Instituída em 1° de novembro de 2023, a SAF do Atlético recebeu aporte inicial de R$ 913 milhões do grupo Galo Holding por 75% das ações. Os outros 25% ficaram com a associação.

Desde então, com a entrada de novos aportes, os gestores do clube mineiro têm trabalhado para reduzir o endividamento da instituição e alterar o perfil desses débitos financeiros. Ao fim de 2023, as pendências do Atlético estavam avaliadas em R$ 1,3 bilhão. A expectativa da direção alvinegra é que esse montante seja reduzido para R$ 1,2 bilhão ao fim deste ano.

Os percentuais acionários na SAF do Atlético

  • Galo Holding: 75%
  • Associação: 25%

Os percentuais acionários na Galo Holding

  • 2R Holding S.A. (Rubens Menin e Rafael Menin): 55,74%
  • FIP Galo Forte (Daniel Vorcaro): 26,88%
  • FIP FIGA (torcedores): 8,96%
  • Ricardo Guimarães: 8,43%

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