01/11/2024
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Quem foi o jogador que se tornou ídolo de Racing e Cruzeiro? < No Ataque

Roberto Perfumo (foto: Arquivo Estado de Minas)

Adversários na final da Copa Sul-Americana, Cruzeiro e Racing têm um ídolo em comum. O zagueiro Roberto Perfumo se destacou com as duas camisas nas décadas de 1960 e 1970.

Nascido em 3 de outubro de 1942, Roberto Alfredo Perfumo iniciou a trajetória na base da agremiação de Avellaneda em 1960. No começo, desempenhava a função de volante. Porém, devido à concorrência na posição, passou a atuar no lado direito da defesa. A recomendação partiu do técnico Juan José Pizzuti, que o considerava “leve, forte e bom chutador com as duas pernas”.

A habilidade com a bola no pé e a técnica refinada tornaram Perfumo um zagueiro à frente de seu tempo, com classe para sair jogando e confiança ao participar das construções ofensivas. Exímio cobrador de faltas e pênaltis, ele marcou 14 gols em 232 jogos pelo Racing desde a estreia como profissional, em 1964.

Apelidado de El Mariscal (Marechal, em espanhol), Roberto venceu duas edições do Campeonato Argentino (1961 e 1996), a Copa Libertadores e a Copa Intercontinental (ambas em 1967). Nessa época, ganhou oportunidades na seleção de seu país, sendo titular na Copa do Mundo de 1966.

Perfumo no Cruzeiro

Em 1971, Perfumo trocou o Racing pelo Cruzeiro, pelo qual conquistou os estaduais de 1972, 1973 e 1974, além de ter sido vice do Brasileirão de 1974 em uma polêmica derrota por 2 a 1 para o Vasco, no Maracanã. Na ocasião, o árbitro Armando Marques anulou um gol legítimo do volante Zé Carlos, que estava atrás da linha da bola quando recebeu o cruzamento de Nelinho.

Embora tenha lidado com dificuldades de adaptação a Belo Horizonte, Roberto Perfumo cumpriu seu contrato com o Cruzeiro. Em três anos, o argentino disputou 141 jogos e fez seis gols. Entre os estrangeiros, só fica abaixo dos compatriotas Lucas Romero (200) e Ariel Cabral (200), do uruguaio Arrascaeta (188) e do boliviano Marcelo Moreno (147).

Enquanto atleta do Cruzeiro, Perfumo foi o capitão da Argentina na Copa do Mundo de 1974. O país terminou na oitava colocação geral dentre 16 seleções. Alguns jogadores desse elenco se tornaram campeões mundiais em 1978, casos do goleiro Ubaldo Fillol e dos atacantes Mario Kempes e René Houseman.

Pós-carreira

De 1975 a 1978, o Marechal representou o River Plate em 110 jogos, aposentando-se dos gramados aos 36 anos. Posteriormente, trabalhou como treinador, comentarista esportivo no rádio e na TV e chefiou a Secretaria de Esportes da Nação Argentina no governo de Néstor Kirchner.

Perfumo morreu em 10 de março de 2016, aos 73 anos. Ele teve um aneurisma cerebral dentro de um restaurante na Argentina e, como consequência, sofreu traumatismo craniano ao cair da escada do estabelecimento.

Dois meses antes de falecer, o ex-zagueiro entrou para a seleção de todos os tempos da Associação do Futebol Argentino (AFA). A escalação tinha Fillol; Zanetti, Perfumo, Passarella e Tarantini; Brindisi, Redondo e Maradona; Messi, Batistuta e Mario Kempes.

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