19/09/2024
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Quem é Hugo Calderano, brasileiro do tênis de mesa na Olimpíada de Paris 2024?

Hugo Calderano com medalha de ouro (foto: Wander Roberto/COB)

Hugo Calderano tem um sonho: vencer a primeira medalha olímpica para o Brasil no tênis de mesa. Tricampeão pan-americano, o poliglota brasileiro – fala sete línguas – chega a Paris 2024 para disputar a terceira edição de Jogos da carreira. Em grande forma, ele é forte candidato ao pódio e inicia a caminhada rumo à final neste domingo (28/7), às 16h (de Brasília), contra o cubano Andry Pereira, na Arena Paris Sul.

“Acho que é a melhor fase da minha carreira”, disse o mesa-tenista ao ge.globo antes do início da Olimpíada. Atual número 6 do mundo e um dos quatro cabeças de chave em Paris, o carioca de 28 anos ehegou a ocupar a terceira posição do ranking em 2022 – a melhor da história do Brasil e de toda a América Latina.

Dono das duas melhores campanhas do Brasil no tênis de mesa da Olimpíada, Calderano está pronto para superar a si mesmo mais uma vez e fazer história para o tênis de mesa brasileiro. Conheça a trajetória dele até chegar no topo do ranking mundial do esporte.

A história de Hugo Calderano

Filho de professores de educação física, Hugo sempre foi estimulado a praticar diversos esportes. Antes de chegar ao tênis de mesa, ele praticou vôlei e basquete – mas era com a raquete que o garoto levava jeito.

O talento de Calderano começou a “fazer barulho” cedo. Em 2009, venceu o Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta escolar e, dois anos depois, com 15 anos, ele venceu partida contra o ídolo Hugo Hoyama, maior nome do esporte no Brasil e dono de dez ouros em Jogos Pan-Americanos.

Hugo ganhou destaque internacional ao chegar ao topo do ranking do Circuito Mundial Juvenil em 2012 – foi o primeiro brasileiro da história ao atingir o feito – e ao faturar o bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014.

A primeira grande conquista profissional de Hugo veio em 2015. No Pan-Americano de Toronto 2015, o primeiro da carreira dele, o carioca venceu logo duas medalhas de ouro, no individual e por equipes.

No ano seguinte, disputou a primeira olimpíada na cidade em que nasceu, o Rio de Janeiro, e fez bonito: chegou às oitavas de final, igualando a campanha que, na época, era a melhor história do Brasil no esporte – protagonizada por Hugo Hoyama, nos Jogos de Atlanta 1996.

Em 2017, Calderano chegou ao top 20 mundial e, pouco mais de um ano depois, alcançou o top-10 – um brasileiro jamais havia chegado tão alto no ranking. Em 2019, em Lima, ele conquistou mais dois ouros pan-americanos (individual e em duplas), além do bronze por equipes. Tais feitos o credenciaram como favorito ao pódio para a Olimpíada de Tóquio 2020 (disputada em 2021). O favoritismo não se consolidou, mas o carioca conseguiu superar a si mesmo e chegar às quartas de final, fase que nunca havia sido alcançada por um atleta do Brasil.

Desde os Jogos do Japão, Hugo tem evoluído cada vez mais – em 2022, alcançou o top 3 mundial e, em 2023, faturou três medalhas no Pan de Santiago: duas de ouro (individual e por equipes) e uma de prata (duplas). Para coroar a grande fase, o atleta promete ir longe em Paris 2024 e vai em busca da medalha inédita para o tênis de mesa brasileiro.

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