A contratação do lateral-direito Marcinho, ainda em 2023, gerou revolta da torcida americana. O jogador foi condenado a três anos e seis meses por atropelamento que matou casal de professores, em dezembro de 2020. Ele deixou o clube no fim do ano passado. Presidente da SAF do América, Marcus Salum respondeu se houve arrependimento pelo acerto com o atleta.
Em entrevista ao canal Prateleira de Cima, Salum saiu em defesa de Marcinho e argumentou que o lateral deveria receber uma chance na época.
“Arrependimento nenhum. Sabe por quê? Escutei o Rica Perrone falar uma coisa que me deixou muito satisfeito. Todo mundo aponta o erro para quem errou e esquece a quantidade de erro que você mesmo teve. Ele foi pego no erro. Um cara traiu a mulher. Quantas você traiu e está fingindo que não traiu. O Neto fica xingando todo mundo e quanto ele errou na carreira dele. Eu gosto dele”, começou Salum.
“Tem que entender que ele (Marcinho) era um jovem que atropelou alguém, fez um erro. E aconteceu aquilo tudo. Aí o que ele vai fazer? Dar um tiro na cabeça? Eu dei o espaço para ele, ele não soube aproveitar. Tem que viver, ter a chance. Ele tinha futebol, mas cabeça fraca”
Salum, em entrevista no youtube
Em agosto do ano passado, a defesa do jogador entrou com recurso para que ele fosse absolvido em 2ª instância. Caso a decisão pela condenação seja mantida, a defesa do jogador pediu pela redução da pena. Ainda não há uma previsão para quando o recurso será julgado. A tendência é que demore cerca de seis a oito meses.
Marcinho deixou o América
Em dezembro, com o fim do contrato com o Coelho, Marcinho seguiu para o futebol russo. Ele defendeu o Rodina Moskva e atuou em nove jogos. Semana passada, ele retornou ao Brasil e foi anunciado pelo Ituano, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.
Relembre o caso
No dia 30 de dezembro de 2020, por volta das 20h30, Marcinho atropelou o casal Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima, que atravessavam a Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
Segundo o Ministério Público, minutos antes do atropelamento, o jogador guiava seu Mini Cooper de forma imprudente, em zigue-zague, na pista sentido Barra da Tijuca, numa velocidade entre 86km e 110km/h – acima do limite de 70 km/h.
De acordo com a denúncia, no dia do atropelamento, entre 11h e 11h30, Marcinho esteve no restaurante Rei do Bacalhau, no Bairro Encantado, na Zona Norte do Rio, onde ingeriu, ao menos, cinco tulipas de chopp.
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