(foto: Divulgação/FIVB)
O Praia Clube ficou no quase. Na madrugada deste sábado (21/12), protagonizou duelo de alto nível com o ‘invencível’ Tianjin Bohai Bank-CHI, mas perdeu a semifinal do Mundial de Clubes Feminino de Vôlei por 3 sets a 1 (25/23, 25/21 e 24/26 e 25/). O Huanglong Sports Center, em Hangzhou, na China, recebeu o confronto decisivo.
As brasileiras, com duas derrotas e duas vitórias, seguem em busca da primeira medalha em Mundiais, ou seja, de superar a melhor campanha – em 2018 e em 2023, encerrou a participação em quarto lugar. Às 4h (horário de Brasília) deste domingo (22/12), no mesmo local, vão brigar pelo terceiro lugar com o perdedor do confronto entre Conegliano-ITA e Milano-ITA – neste sábado, às 8h30.
Já as chinesas se classificaram à final pela primeira vez e pretendem coroar a campanha quase impecável – triunfaram nas quatro partidas que disputaram e perderam apenas um set. Também neste domingo, encaram o vencedor do clássico italiano na decisão do Mundial, marcada para às 8h30 (de Brasília).
O Praia Clube deixa o confronto pela semifinal com aquele gostinho de que poderia ter avançado, já que fez frente ao Tianjin Bohai em todo momento, resistiu bravamente e exibiu poder de reação. Esbarrou-se, entretanto, em defesa bem postada, coberta pela líbero Liu no solo e pela central Fetisova no bloqueio. Além disso, pecou em ataques cruciais e não aproveitou alguns contra-ataques.
Disputa pelo terceiro lugar e final
- Disputa pelo terceiro lugar – Praia Clube x Conegliano ou Milano – 22/12 – 4h (de Brasília)
- Final – Tianjin Bohai Bank x Conegliano ou Milano – 22/12 – 8h30 (de Brasília)
Tianjin Bohai x Praia Clube
Os treinadores não mudaram o time em relação aos últimos compromissos. Comandante do Tianjin Bohai Bank, Fang Chen entrou com Wang Y.Z., Fetisova, Chen B.Y., Li Y.Y., Wang Y.Y., Yao D. e Liu L.W. Técnico do Praia Clube, Marcos Miranda escalou Payton Caffrey, Adenízia, Nia Reed, Sofya Kuznetsova, Carol Gattaz, Macris e Natinha.
O primeiro set, extremamente parelho, representou o alto nível do confronto. Bem postados defensivamente, os times proporcionaram ralis intensos – as líberos, por exemplo, foram exigidas sem folga. O Tianjin Bohai, como de costume dos times asiáticos, destacou-se ainda mais na defesa ao forçar erros do Praia Clube, que desperdiçou alguns ataques importantes e cedeu contra-ataques.
Neste contexto, as chinesas mantiveram-se à frente no marcador durante toda a parcial. Na etapa final, a ‘arma’ do Praia Clube foi o saque. Monique e Ju Carrijo entraram, desestabilizaram a linha de recepção adversária e encostaram. Apesar disso, as brasileiras se enrolaram em momento crucial e viram as chinesas fecharem por 25 a 23. As estatísticas da parcial demonstraram equilíbrio em todos os fundamentos, com ligeira vantagem do Tianjin Bohai no ataque.
O Praia Clube voltou para o segundo set mais encaixado no ataque, fez-se presente no bloqueio e chegou a abrir cinco pontos de vantagem. A reação, contudo, foi freada pelo Tianjin Bohai, que congestionou a linha de passe rival, marcou presença no meio de rede e tomou a frente com distância relevante.
Marcos Miranda tentou desestabilizar o encaixe das chinesas acionando atletas que estavam no banco. O comandante sacou as marcadas Payton Caffrey e Kuznetsova e deu lugar a Maiara Basso e Monique. De certa forma, a estratégia funcionou, já que o Praia Clube conseguiu se aproximar no placar. No entanto, não teve tempo para virar e, esbarrando-se nos próprios erros, perdeu o segundo set por 25 a 21.
O Praia Clube entrou em quadra para a terceira etapa com as mesmas peças que fechou a segunda. O desenho do jogo foi parecido com os demais – salvo, é claro, as estratégias adotadas ao longo da disputa. As chinesas, por exemplo, tentaram de toda forma tirar Macris, uma das melhores levantadoras do torneio, do jogo. As brasileiras, por sua vez, cresceram no ataque e aproveitaram a eficiência de Nia Reed. Dessa vez, o Praia Clube conseguiu alcançar as chinesas no fim da parcial e virar: 26 a 24.
O Tianjin Bohai Bank entrou em quadra movido pela raiva e abriu grande vantagem. Provou, mais uma vez, do poder de reação do Praia Clube. Mas, bem defensivamente, fechou por 25 a 22 – na reta final, as brasileiras chegaram a salvar dois match points.
