A defesa de William Bigode alertou à Justiça sobre o possível paradeiro de um dos donos da Xland, empresa de criptomoedas acusada de aplicar um golpe milionário em jogadores. Seguindo a informação anexada ao processo movido por Scarpa, em 2023, o homem pode estar morando com os pais na cidade de Manaus, no Amazonas. Os sócios estão sendo procurados há cerca de um ano para prestarem depoimento sobre o caso.
Os advogados de Bigode recordaram à Justiça, em petição enviada ao tribunal no último dia 22, sobre uma informação retirada do processo movido por Scarpa. Consta no autos que Gabriel Nascimento, sócio da Xland, prestou depoimento à polícia direto da residência de seus pais. Figurando, portanto, como pista do possível paradeiro.
Segundo consta no relatório, as autoridades buscaram por Gabriel em endereços de São Paulo, mas não obtiveram sucesso no primeiro momento. Localizaram-no em Manaus, na casa dos pais e enviaram uma diligência para que o mesmo fosse interrogado pela prática de “golpe de pirâmide” – tendo Scarpa e Mayke como vítimas.
Localização
Apesar da pista, a defesa de Bigode reforça que não existem evidências que Gabriel ainda permaneça no endereço, visto que o interrogatório ocorreu no início de 2024. Os advogados entendem, porém, que vale a tentativa do envio de um oficial de Justiça até o endereço. As autoridades ainda não obtiveram repostas quanto às cartas de citação já enviadas.
Os advogados de Bigode enviaram a petição como forma de cooperar com o processo. Ou seja, numa tentativa de encerrar o ciclo de citação de forma definitiva, visto que há interesse mútuo no depoimento de Gabriel.
A Xland, por sua vez, nega ter dado golpe em seus clientes e alega que seus recursos estão congelados em um processo judicial. William Bigode não quis comentar o caso à reportagem do ‘UOL Esporte’, responsável pelas informações.
Scarpa processa Bigode
Mayke e Gustavo Scarpa, ex-companheiros de Willian Bigode, processam o jogador por suposto golpe de R$ 10,4 milhões. A dupla fez um investimento milionário na Xland Holding Ltda por indicação da WLJC Gestão Financeira.
Na época, a proposta envolvia um retorno de 3,5% a 5% ao mês – valores acima dos praticados pelo mercado. Em uma conversa com Scarpa, os donos da Xland afirmaram que o patrimônio da empresa tinha ultrapassado R$ 2 bilhões, incluindo pedras de alexandrita, um material de grande valor, além de chácaras e terrenos como garantia.
Os problemas começaram em meados de 2022, quando os jogadores – que estavam no Palmeiras na época – tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso após seguidas negativas e adiamentos da Xland. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido. Quando os companheiros o acionaram, Willian Bigode, que aplicou R$ 17,5 milhões, alegou ter sido outra vítima do golpe.
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