Pelo quinto título do Mundial de Clubes Masculino de Vôlei! O Cruzeiro deu fim à invencibilidade do Foolad Sirjan-IRA, venceu por 3 sets a 1, neste sábado (14/12), na Arena Sabiazinho, em Uberlândia, e avançou à decisão da competição intercontinental pela sétima vez.
Fácil não foi, assim como todos os outros compromissos da Raposa ao longo do Mundial. Contudo, mais uma vez, a equipe mineira contou com apoio maciço da torcida, brigou por cada bola e chegou à final.
A entrega, tão comentada por Wallace, Otávio e Rodriguinho, permaneceu no vocabulário celeste. Enérgico, o time disputou cada bola desde o início. Na primeira parcial, foi eficiente no ataque e fechou de forma apertada. Depois, embalado, construiu vantagem logo de cara, aumentou e levou mais uma etapa. Voltou a lidar com pressão dos iranianos no terceiro set e cedeu à pressão. Na volta, recuperou o encaixe e decretou a vitória e a classificação.
Final do Mundial de Vôlei
A final do Mundial de Clubes Masculino de Vôlei será neste domingo (15/12), às 14h30, no Sabiazinho, em Uberlândia. O Cruzeiro aguarda o vencedor do confronto entre Trentino e Civitanova – neste sábado, às 17h30.
Também no domingo e no mesmo local, o Foolad Sirjan vai disputar o terceiro lugar. Encara o perdedor do clássico italiano um pouco mais cedo, a partir das 11h.
Foolad Sirjan x Cruzeiro
Técnico do Foolad Sirjan, Behrouz Ataei Nouri escalou Esmaeil Mosaferdashliboroun, Mohammad Valizadeh, AliHajipour Moghadam Faroji, Alireza Abdolhamidi, Seyed Mohammad Mousavi Eraghi, Ali Ramezani e Mahdi Marandi. Comandante do Cruzeiro, Filipe Ferraz iniciou a partida com Rodriguinho, Otávio, Wallace, Vaccari, Lucão, Brasília e Alê Elias.
Em relação aos outros jogos, o Cruzeiro iniciou o confronto mais enérgico. Lucão, que havia marcado ponto apenas no tie-break diante do Trentino, demonstrou resiliência logo de cara, em bloqueio simples. Wallace, o maior pontuador do torneio, também não economizou na técnica e liderou o eficiente ataque.
Os comandados por Filipe Ferraz optaram por forçar o saque, mas entregaram muitos pontos desta forma, permitindo que os iranianos encostassem e até tomassem a frente. O bom desempenho defensivo e o aproveitamento dos contra-ataques foram os trunfos do Foolad Sirjan.
As equipes disputaram ponto a ponto e alternaram na liderança do placar. Tamanho equilíbrio não permitiu que respirassem aliviadas. Dando um passo de cada vez, o Cruzeiro fechou a parcial em ponto de bloqueio de Otávio: 25 a 23.
O início do segundo set foi recheado de ralis. O Cruzeiro levou a melhor na maioria. Em sintonia com a torcida, abriu vantagem importante de cinco pontos logo no começo. Cada unidade conquistada foi intensamente celebrada pelos jogadores e pelos membros da comissão técnica.
Para a infelicidade dos iranianos, o oposto Hajipour precisou abandonar o segundo set devido a um desconforto no pé. A Raposa, que nada tinha a ver, cresceu ainda mais. Aproveitou os erros, sobressaiu-se nos fundamentos e aumentou o conforto durante toda a etapa. Atropelou: 25 a 11.
O equilíbrio voltou a fazer parte do terceiro set. No início, para a alegria da torcida cruzeirense, o time estava encaixado: fez boas aparições no bloqueio, pontos importantes de ace e, claro, ataque. Tudo parecia encaminhado, mas, no fim, o Cruzeiro perdeu o controle do jogo – erros de ataque e recepção – e levou a virada do Foolad Sirjan, liderada por Hajipour, que voltou à quadra mancando. Os mineiros não conseguiram ultrapassar e tropeçaram ao levar 25 a 23.
A tensão apareceu no Sabiazinho, mas o torcedor cruzeirense não deixou de apoiar em momento algum. Em quadra, os jogadores corresponderam. Bem no bloqueio e nos saques, principalmente com Otávio, conseguiram abrir três pontos. Na base da paciência, mantiveram-se à frente e selaram o triunfo e a classificação: 26 a 24.