19/09/2024
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Paris revoluciona Abertura, peca com dinamismo excessivo, mas emociona no fim

Paris revoluciona Abertura, peca com dinamismo excessivo, mas emociona no fim

Paris revoluciona Abertura, peca com dinamismo excessivo, mas emociona no fim (Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos)

Elegância, moda, música, chuva, perrengue, beleza e o espírito olímpico. As palavras para descrever a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris não seguem uma linha de raciocínio lógica – o dinamismo foi o que marcou o evento nesta sexta-feira (26/7). Com a icônica capital francesa de pano de fundo, o desfile das delegações precedeu desconfiança, mas fazendo jus ao histórico do país, a revolução foi feita no Rio Sena.

Nas arquibancadas ao longo do Sena, o cenário quase caótico foi o que tomou conta antes da Abertura. Alguns jornalistas não tiveram uma um local próprio para se acomodar – o perrengue com a falta de estrutura ainda foi aflorado pela chuva. Do lado dos espectadores, a falta de informação foi o que dominou.

Muitas pessoas acabaram fazendo caminhos errados e indo para lugares inapropriados. Os responsáveis contratados pela organização do evento não tinham tantas informações a respeito da disposição de lugares, o que causou certa confusão para os mais de 300 mil espectadores. Desses, 100 mil pagaram pelos ingressos, enquanto os outros cerca de 200 mil foram presenteados para assistir a Abertura.

A animação estava presente entre os torcedores, ao som das músicas e da vibração com o desfile das delegações. O grande destaque e ponto alto da Abertura foi o desfile de moda. Já na etapa final, perto da Torre Eiffel, os dançarinos se apresentaram ao som de músicas contemporâneas, o que empolgou o público. Além disso, a emoção tomou conta na apresentação da canção ‘Imagine’, de John Lennon.

Para coroar o evento, após longos discursos de autoridades, a pira olímpica foi acesa no Louvre pela velocista francesa Marie-José Pérec, dona de três medalhas de ouro – uma em Barcelona 1992 e duas em Atlanta 1996 -, e pelo judoca francês Teddy Riner, tricampeão olímpico, com ouros em Londres 2012, Rio de Janeiro 2016 e Tóquio 2020. O show de Celine Dion fechou a noite brilhante aos pés da Torre Eiffel.

Dinamismo excessivo e o luxo de Paris

No imaginário público, a beleza e o luxo de Paris são incontestáveis. E a Abertura reforçou essa impressão. Nos cenários icônicos da cidade, como o museu do Louvre, Catedral de Notre-Dame e a Torre Eiffel, as danças foram abundantes.

Os performistas vestiam roupas luxuosas e brilhantes, para evidenciar a beleza da cidade. Ao longo do trajeto, as cores iam se alternando. A Cerimônia foi dividida em 12 etapas, que ganharam lemas: Enchanté, Synchronicité, Liberty, Equality, Fraternity, Sisterhood, Sportsmanship, Festivity, Darkness, Solidarity, Solenity e Éternity (Encanto, Sincronicidade, Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Irmandade, Esportividade, Festa, Trevas, Solidariedade, Solenidade e Eternidade, em tradução livre).

Para que a Abertura não ficasse focada apenas no desfile em barcos das delegações, as apresentações aconteciam ao mesmo tempo. A cantora Lady Gaga foi a primeira a performar. Ela se apresentou ao som da música Mon Truc en Plume, em homenagem a icônica cantora e bailarina francesa Zizi Jeanmaire, que ascendeu na década de 1950.

Depois, o evento contou com apresentação de rock com a Catedral de Notre-Dame de pano de fundo. A cantora franco-maliana Aya Nakamura também cantou para os torcedores que acompanhavam a abertura.

A história francesa foi apresentada junto com o desfile – cenários do musical Os Miseráveis e dinâmicas com a famosa obra Monalisa, de Leonardo Da Vinci, foram pontos centrais da Cerimônia. Junto do mascarado, que foi escolhido para levar a tocha olímpica até o fim do trajeto, a impressão foi de que tudo estava acontecendo ao mesmo tempo.

A preocupação pelo dinamismo foi excessiva, o que tornou o evento confuso em algumas partes, tanto para os presentes no Rio Sena, quanto para quem assista da TV, em casa.

O toque de moda não podia faltar. A cidade de Paris, conhecida também por ser palco de famosos desfiles de estilistas, contou com passarela para a Cerimônia, em que modelos se apresentaram dançando com roupas de jovens designers franceses. Foi quando o evento passou a ficar mais divertido para os espectadores.

Desfile da delegação brasileira

O barco do Brasil na Abertura da Olimpíada de Paris chamou atenção pela quantidade de atletas. A delegação brasileira, com 50 competidores e mais comissão técnica, balançou as bandeiras e fez muita festa ao longo da passagem.

No trajeto brasileiro, Paris estava fantasiada de rosa – os performistas da abertura dançavam à beira do Rio, enquanto a delegação passou dentro do barco próprio. Alguns países, em menor número de representantes, dividiram o trajeto com outras nacionalidades.

Os atletas se divertiram cantando algumas músicas tradicionais, como ‘País Tropical’, do Jorge Ben Jor. Depois do desfile, os brasileiros seguiram para a Vila Olímpica. Eles tiveram que retornar por causa da chuva, que não deu trégua durante grande parte da Abertura.

A notícia Paris revoluciona Abertura, peca com dinamismo excessivo, mas emociona no fim foi publicada primeiro no No Ataque por João Vítor Marques – Enviado especial a Paris.

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