(foto: Wisley Silvaa/TEC)
Na pequena Tocantinópolis, no interior do Tocantins, o Atlético vai encarar nesta terça-feira (18/2), às 18h, um modesto adversário que integra a Série D do Campeonato Brasileiro. Entretanto, o time que carrega o nome do município com aproximadamente 22 mil habitantes é famoso no Norte do país por se tornar um gigante no Estádio João Ribeiro, o Ribeirão, palco da estreia do Galo na Copa do Brasil.
Inaugurado em 2004, o Ribeirão tem capacidade para 10.150 pessoas. Mas não se engane pelo porte modesto do estádio: naquele campo, a grama tem pegada e parece estender-se além dos limites. No calor de Tocantinópolis, o futebol ganha outra cadência, e o visitante sente o peso de cada passada, especialmente em caso de chuva.
O paulista Reinaldo Cisterna, jornalista esportivo que cobre o futebol em Tocantins há quase duas décadas, descreve a sensação de quem entra no Ribeirão para encarar o Tocantinópolis, também conhecido como o Verdão do Norte.
“Para ganhar do Tocantinópolis, principalmente as equipes aqui do Tocantins, é meio difícil. O time da casa chega às finais justamente porque o estádio é um fator que ajuda muito”, constatou o jornalista, em entrevista ao No Ataque.
“Quando você entra no Ribeirão, parece que o campo é maior que o Maracanã ou o Mineirão. O jogador chega ali e cansa, não sei se é a questão da grama. E quando chove, o campo fica meio barrento, segura a bola…”, alertou.
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Gramado pesado e torcida feroz
Se o gramado já é um fator de cautela para o Atlético, a proximidade da torcida do Tocantinópolis pode tornar o ambiente ainda mais hostil. De acordo com Reinaldo Cisterna, o público tem papel ativo na atmosfera do Ribeirão.
“A torcida fica muito próxima do gramado. Pega no pé do jogador, do árbitro, fica na beira do alambrado. O torcedor já comprou mais de quatro mil ingressos de forma antecipada para o jogo contra o Atlético, vai ter um público muito grande”, avisou.
Já o calor tocantinense não deve ser um grande problema, uma vez que a previsão é de pancadas de chuva entre a tarde e a noite desta terça-feira em Tocantinópolis, segundo o site Climatempo. Mas a chuva no Ribeirão pode transformar o jogo em um desafio técnico para o Galo.
“Se chover, tecnicamente, se tratando do Atlético, não é muito legal. Mas pela disparidade dos times, nenhum fator como a chuva vai impedir o Atlético de sair com resultado positivo daqui”, analisou Cisterna. “O fator negativo é ter que se adaptar ao terreno. É um bom gramado, mas se chover, segura o jogo, fica complicado para tocar a bola”, completou.
O regulamento da Copa do Brasil de 2025 sofreu uma alteração. Agora, na primeira fase, se houver empate no tempo normal, a decisão vai para as cobranças de pênalti.
A primeira etapa da competição é feita por meio de jogos únicos, nos quais os times com melhor colocação no ranking nacional de clubes da CBF decidem fora de casa.
O vencedor do confronto entre Tocantinópolis e Atlético enfrentará Independência-AC ou Manaus-AM na segunda fase da Copa do Brasil.
De BH para Tocantinópolis
O Atlético se prepara para viajar até Tocantinópolis nesta segunda-feira (17/2). A logística do Galo até o Norte inclui uma viagem de avião de Belo Horizonte até Imperatriz, no Maranhão. Essa cidade está a cerca de 120 km de distância de Tocantinópolis, sendo os dois municípios às margens do Rio Tocantins. A delegação alvinegra deixará o hotel em Imperatriz por volta de 12h30 de terça-feira.