O atacante Antony ganhou destaque na mídia brasileira e internacional por suspeita de agressão a sua ex-namorada, a DJ Gabriela Cavallin, após mais de um ano. A antiga companheira acusa o jogador do Manchester United de agressões, ameaças e ofensas ainda no Brasil. A Polícia de São Paulo averiguou a denúncia e chegou a uma conclusão nessa segunda-feira (19/8).
As autoridades não indiciaram o atleta por violência doméstica, segundo informações do “g1”.
Na época, a ex-namorada também alegou que Antony também foi autor de agressões no período em que ela esteve na Inglaterra. Exatamente no momento em que o jogador finalizava sua transferência do Ajax para o Manchester United. No entanto, a polícia britânica é a responsável por investigar esta situação. Esta ainda está em andamento. O atleta sempre negou as acusações quando foi questionado.
Na terra natal do casal, a Polícia Civil de São Paulo averiguava o caso e buscava descobrir se o jogador cometeu ameaça, injúria e vias de fato. Além de violência psicológica doméstica. Gabriela indica que o atacante foi o autor desses crimes na capital paulista em 2023. O cenário se enquadrava no contexto da Lei Maria da Penha.
Detalhes da investigação sobre Antony
O parecer final a respeito da investigação vai para a análise do Ministério Público e da Justiça brasileira. O ofício conta com a denúncia de Gabriela Cavallin e o interrogatório feito com Antony, além do depoimento de 19 testemunhas, de ambos os lados.
A DJ informou que, em 1º de junho de 2023, Gabriela estava grávida do jogador, mas separada do atleta. Eles se encontraram em uma casa noturna em São Paulo, e ele a agrediu fisicamente, além de proferir ofensas.
Ela disse ainda que recebeu puxões de cabelo e chacoalhões nos braços. Contudo, não houve marca das contusões no corpo. A DJ ainda afirmou que não procurou assistência médica ou tirou foto dos machucados.
Justiça não identifica provas suficientes
A propósito, Gabriela indicou que Antony fez uma ligação para ela naquele mesmo dia. O jogador teria feito ameaças caso ele a visse com um companheiro de profissão. Posteriormente, em 21 de julho, a DJ conta ter sofrido um aborto espontâneo e perdeu o bebê.
De acordo com informações do “g1”, a delegacia argumentou não ter identificado provas de que o atleta tenha sido autor de crime contra a DJ, em São Paulo. Por isso, não teria como o responsabilizá-lo pelos atos.
A investigação, em São Paulo teve acesso ao celular da DJ e levou o objeto para perícia. O aparelho contém conversas por áudio e vídeo entre o ex-casal, além de fotos e vídeos que eles compartilharam. Em certo trecho, Antony chega a desejar a morte de Gabriela.
A Justiça ainda encomendou laudo o qual entendeu que a companheira não sofreu dano psicológico. Assim, não seria possível classificá-la como vítima de violência psicológica.