(foto: Reprodução/Conmebol)
Um lance protagonizado por João Marcelo foi fundamental para a classificação do Cruzeiro às quartas de final da Copa Sul-Americana. O zagueiro fez corte providencial na finalização de Miguel Merentiel, do Boca Juniors, nos acréscimos do segundo tempo da partida desta quinta-feira (22/8), no Mineirão. Se o atacante uruguaio balançasse a rede, o time argentino empataria o duelo e avançaria de fase.
A jogada começou em passe na ponta esquerda para o lateral Marcelo Saracchi. Matheus Henrique, volante do Cruzeiro, chegou primeiro na bola, porém escorregou no momento em que tentou fazer o giro. O camisa 3 do Boca, então, partiu sozinho em direção à grande área. E rolou para trás quando Cássio saiu para fechar o ângulo.
Merentiel optou pela finalização de primeira com o pé canhoto. Bem posicionado em cima da linha, João Marcelo tirou a bola para muito longe, dando possibilidade para que os jogadores celestes se reorganizassem na marcação. O Boca ficou com a sobra no meio-campo e investiu novamente na extrema esquerda, porém William afastou de vez o perigo que rondava a meta cruzeirense.
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Desempenho de João Marcelo
João Marcelo teve atuação bastante segura na noite desta quinta-feira (23/8). Como o Boca Juniors teve Luis Advíncula expulso aos 44 segundos, o zagueiro do Cruzeiro passou a exercer uma função construtiva na saída de bola em meio à necessidade de fazer pelo menos dois gols. Dos 66 passes que tentou, acertou 64 (97%), além de 100% de precisão nas bolas longas (10/10).
O SofaScore deu a João Marcelo nota 7.8 – a maior entre os atletas celestes juntamente com o meia Matheus Pereira. Zé Ivaldo, outro zagueiro da Raposa, recebeu nota 7.2. O camisa 5 cometeu algumas falhas que quase resultaram em gols do Boca Juniors. Em um desses lances, perdeu a bola para Milton Giménez, porém o chute do atacante argentino foi para fora.
A partida contra o Boca Juniors foi a de número 42 de João Marcelo pelo Cruzeiro. Embora ainda não tenha feito gol, o defensor de 24 anos vem recebendo elogios dos torcedores devido à sua qualidade técnica com a bola no pé, bem como pelo senso de posicionamento e por desarmar adversários sem precisar recorrer a faltas.
Classificação do Cruzeiro
O Cruzeiro deu indícios de que venceria o Boca Juniors sem o drama dos pênaltis. Matheus Henrique, aos oito minutos, e Walace, aos 20, abriram 2 a 0 – placar suficiente para reverter a derrota por 1 a 0 na Bombonera. O time ainda teve outras chances no primeiro tempo, como no voleio de Lautaro Díaz que tocou na trave esquerda depois de desvio de Sergio Romero.
Só que o Boca se mostrou muito determinado e se recolocou no confronto nos acréscimos da etapa inicial. Pol Fernández lançou, Cristian Lema ajeitou de cabeça e Milton Giménez chutou de pé esquerdo. Cássio se desequilibrou e não conseguiu segurar a bola.
No segundo tempo, o Cruzeiro teve muitas chances a partir dos 30 minutos e foi anulado por um aplicado sistema defensivo do Boca. Além do goleiro Sergio Romero, responsável por duas grandes defesas, os zagueiros se empenharam bastante para bloquear chutes dos atletas da Raposa.
Persistindo o 2 a 1 até o fim, o jogo seguiu para os pênaltis. William, Matheus Henrique, Marlon, Dinenno e Barreal marcaram para o Cruzeiro, enquanto Rojo, Lema, Blanco e Figal fizeram para o Boca. Apenas Merentiel falhou em sua cobrança, dando à Raposa a vaga nas quartas de final.
