O atacante Neymar considerou que o poderoso PSG, no qual jogou ao lado de Lionel Messi e Kylian Mbappé, falhou devido ao ego dos jogadores e afirmou que o craque francês tinha ciúmes da sua boa relação com o astro argentino.
“Você tem que saber que não joga sozinho. Você tem que ter o outro cara do lado. ‘O cara sou eu, tudo bem’, mas quem é que vai te dar a bola?”, disse Neymar em entrevista ao canal do ex-atacante Romário no YouTube, nessa quinta-feira (17/1).
“Era o ego de todo mundo. Um jogo era um, o outro era outro, o próximo eram quatro, cinco jogos seguidos. Então, não podia funcionar. Hoje em dia, se ninguém corre e ninguém se ajuda, é impossível ganhar”, acrescentou.
O camisa 10 da Seleção Brasileira, de 32 anos, dividiu o vestiário do PSG com Mbappé e Messi entre 2021 e 2023. Embora o trio tenha gerado muitas expectativas, não conseguiu vencer a Liga dos Campeões da Europa, grande aposta do clube francês.
Ao final da temporada 2023, o brasileiro partiu para o saudita Al-Hilal e o argentino, para o Inter Miami. Os dois fizeram amizade durante a passagem pelo Barcelona (2013-17), onde formaram um temível trio ofensivo ao lado do uruguaio Luis Suárez.
Briguinhas e ciúmes no PSG
Em Paris, Neymar teve problemas com Mbappé. “Tenho meus negócios com ele, a gente teve uma briguinha. Foi um menino que, no começo, quando chegou, foi fundamental. Eu brincava, dizia que ele seria um dos melhores, ajudava, conversava. Ele ia na minha casa. A gente saía para jantar”, contou o brasileiro.
“A gente teve bons anos de parceria. Só que, depois, quando veio o Messi, acho que ele ficou um pouco enciumado. Acho que não queria me dividir com ninguém. Aí, começaram as brigas, as mudanças de comportamento”, acrescentou.
Problemas físicos e Bola de Ouro
Neymar afirmou, porém, que no time parisiense teve seu melhor momento esportivo. Esse nível teria lhe permitido ganhar a Bola de Ouro, garantiu, mas suas lesões recorrentes acabaram com o sonho.
“São lesões que me tiram três meses, seis meses. Então, foi isso que me prejudicou”, argumentou.
“É óbvio que todo jogador quer ser o melhor do mundo e quer ter uma Bola de Ouro em casa. Mas não é algo que vai acabar com a minha vida, que eu vou ficar ‘Po… não ganhei a Bola de Ouro’. Deus quis assim e acabou, vamos embora”, disse.
Problemas físicos também prejudicaram sua passagem pelo Al-Hilal, onde ele disputou sete partidas em 16 meses. A imprensa internacional especula que Neymar deixará o futebol saudita ao final do contrato, que termina em junho. Embora tenha dito que está feliz na Arábia Saudita, o brasileiro afirmou que “em seis meses tudo pode mudar”.