10/03/2025
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‘Não adianta iludir o torcedor’

Marlon, do América, em entrevista na zona mista do Mineirão (foto: Izabela Baeta/No Ataque)

“Não adianta iludir o torcedor”. Visivelmente chateado, Marlon colocou os pés no chão e evitou vender à torcida do América a chance de uma improvável reviravolta na final do Campeonato Mineiro. Não que tenha jogado a toalha, mas o jogador de 31 anos admite o que todos sabem: a taça deve mesmo ficar nas mãos do Atlético.

Neste sábado (8/3), o Galo goleou o Coelho por 4 a 0 na primeira partida da decisão. O zagueiro Lyanco (dois), o lateral-esquerdo Guilherme Arana e o atacante Rony marcaram os gols no Mineirão, que ecoou o canto antecipado – mas compreensível – de “é campeão” do lado alvinegro das arquibancadas.

Afinal de contas, só um “milagre” impedirá o hexacampeonato consecutivo do Atlético. O América precisa vencer o jogo de volta por quatro gols de vantagem para levar para os pênaltis ou uma diferença ainda maior se quiser ser campeão ainda no tempo regulamentar no Independência.

Por isso, Marlon admite: “Não adianta iludir o torcedor. É bem difícil, complicado reverter quatro gols, independentemente de ser em casa ou não, onde a gente tem muita força, estamos invictos há mais de um ano. Vai ser bem difícil. Não vou iludir o torcedor. A gente vai se entregar, se empenhar ao máximo, mas vai ser muito difícil”, pontuou.

O lateral fez menção até à própria fé quando pensou na remota possibilidade de remontada. “Se a gente conseguir reverter, aí a minha fé em Deus vai ser maior ainda do que já é hoje”, admitiu.

O Atlético vencia por 1 a 0 quando, aos 22 minutos do primeiro tempo, o volante Cauan Barros foi expulso e deixou o América com um a menos – cenário que se manteve até o fim do jogo.

O meio-campista americano tentava avançar pela direita, quando recebeu um ‘tranco’ com os braços do atacante Cuello, do Galo. Na sequência, Barros decidiu revidar e acertou as costas do adversário.

O árbitro Vinícius Gomes do Amaral (CBF-MG) não titubeou, paralisou o jogo e expulsou Barros. O volante contestou a decisão e aguardou o VAR, comandado por Wagner Reway. A arbitragem de vídeo, contudo, não recomendou revisão – o que manteve o vermelho.

Para Marlon, esse lance foi decisivo para o desenrolar do clássico. “O gol, infelizmente, acontece de tomar no início do jogo, mas o nosso time estava bem focado, sabia que poderíamos empatar, só que a expulsão realmente foi o que definiu o jogo”, disse.

“Um a menos contra o Atlético aqui (no Mineirão), com os jogadores que eles têm, decisivos, a expulsão realmente foi complicada e determinou o resultado de 4 a 0”, prosseguiu, antes de analisar o fato de o VAR não ter recomendado revisão e insinuar um suposto favorecimento a outros times.

“Realmente, se houver dúvida, como eu não sei, não vi (o lance), tinha que ser chamado (o árbitro pelo VAR). Mas a gente sabe como é aqui, a gente já teve outras experiências aqui jogando no Mineirão. Mas faz parte. Se foi justa, parabéns para o árbitro, acertou. Se não foi, é normal aqui”, completou.

Nesse cenário, América e Atlético voltam a se enfrentar em uma semana pela volta da final. A bola rola às 16h30 do próximo sábado (15/3), no Independência, em Belo Horizonte, com mando americano.

Confira a matéria completa em: noataque.com.br

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