Diretor financeiro do Atlético por dez anos, de 2009 a 2019, Carlos Fabel foi denunciado por apropriação indébita – tomar posse de um bem alheio sem o consentimento do proprietário – pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG). O Galo é considero vítima do caso.
De acordo com a investigação, Fabel pode ter que devolver R$ 4 milhões aos cofres do Atlético. A pena para esse tipo de crime varia de um a quatro anos, além de multa. Ele foi procurado pelo No Ataque para se pronunciar, mas não respondeu até a publicação desta nota.
O processo foi aberto na 11ª vara criminal de Belo Horizonte e corre em segredo de Justiça, pois contém documentos oriundos de quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) coordenou a apuração, a qual teve duração de dois anos.
Durante os dez anos na diretoria, Carlos Fabel recebeu cerca de R$ 10 milhões do Atlético – R$ 20 milhões em valores atualizados. Esses pagamentos seriam considerados suspeitos e possivelmente uma forma de legalizar desvios de recursos do clube.
Em nota, o Atlético “reafirma seu compromisso em colaborar com as autoridades competentes na apuração dos fatos, que se referem exclusivamente às gestões ocorridas entre 2009 e 2018. O clube segue firme em sua missão de manter uma administração responsável e transparente, em benefício de seus associados e torcedores”.
Carlos Fabel foi braço direito de Alexandre Kalil na gestão do Atlético e permaneceu no clube na administração de Daniel Nepomuceno e no primeiro ano de Sérgio Sette Câmara.
Fabel foi coordenador financeiro das campanhas de Kalil à prefeitura de BH, em 2016 e 2020.
Em entrevista ao Estadão, Kalil disse que não existiu nada que “desabonasse Fabel” durante sua administração. “Das outras duas gestões não posso lhe dar notícia, da minha foi aprovada por unanimidade pelo conselho deliberativo, pelo conselho fiscal do clube e pela auditoria externa que existia em todos os meus anos no clube”, disse.
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