24/11/2024
18:59

Minas repete atropelo diante do Praia e conquista o bi da Supercopa Feminina < No Ataque

Jogadoras do Minas comemorando ponto sobre o Praia Clube, pela Supercopa (foto: Fábio Tavares)

Longe das respectivas casas, Minas e Praia protagonizaram a decisão da Supercopa Feminina de Vôlei pela segunda vez consecutiva. Melhor para as belo-horizontinas, que, nesta sexta-feira (11/10), repetiram a dose do Campeonato Mineiro, venceram por 3 sets a 0 (25/23, 25/16 e 25/19) e conquistaram o bicampeonato do torneio, que reúne as vencedoras da Superliga 2023/24 e da Copa Brasil 2024.

Atuar longe de casa não comprometeu o desempenho das atletas, que foram constantemente apoiadas pelos torcedores na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, em Manaus. Palmas, gritos e barulhos reproduzidos com a ajuda de objetos tomaram conta do local.

No fim da partida, foram as minas-tenistas que mais aproveitaram a festa da arquibancada. A equipe da capital mineira não iniciou o primeiro set da melhor forma, mas se reergueu com o tempo, tomou conta da partida e, embalada, sagrou-se campeã.

O Minas havia derrotado o Praia no sábado anterior (5/10), na final do Mineiro, pelo mesmo placar. Por enquanto, leva vantagem no clássico pão de queijo, que deve ganhar outros capítulos ao longo da temporada – os clubes têm pela frente Superliga, Copa Brasil, Sul-Americano e Mundial.

Destaque

Gigante no bloqueio e líder do Minas, Thaísa recebeu o Viva Vôlei, prêmio de melhor atleta da partida. A central negou que jogaram fácil e pregou respeito ao Praia.

“Nunca é (jogo fácil). É um jogo muito quente. Fora o calor mesmo, é um jogo sempre muito quente, muito difícil. Tem grandes atacantes, grandes jogadoras, uma levantadora que é incrível, que vai ajudar a jogarem e cria dificuldade pra gente. O que ajudou a gente foi o fato de sacar bem, mas não foi fácil. Apesar do placar, não foi fácil, sempre é muito difícil. Então, respeito máximo ao time do Praia. Mais uma final jogada contra elas, então sempre muito respeito, porque são duas grandes equipes que se encontram sempre. Mas, muito feliz com o resultado, eu estou feliz com o desempenho do meu time. E sei que tem muita coisa pra trabalhar ainda”, pontuou Thaísa.

Próximos jogos

Campeonato Mineiro e Supercopa ficaram para trás. Agora, Minas e Praia voltam as atenções para a Superliga. A equipe de Uberlândia estreia na competição nacional em 16 de outubro (quarta-feira), contra o Mackenzie, às 18h30, na Arena Dentil. No mesmo dia e horário, o Minas recebe o Brusque na Arena UniBH.

O jogo

O técnico Marcos Miranda iniciou a partida com Macris, Maiara Basso, Sofya Kuznetsova, Payton Caffrey, Adenízia, Gattaz e Natinha. Do outro lado, Nicola Negro entrou com Jenna Gray, Kisy, Thaísa, Celeste Plak, Peña, Kelly e Kika.

Ressentido pela derrota no Campeonato Mineiro, o Praia Clube demonstrou mais organização no início da primeira parcial e saiu na frente. Entretanto, com o passar do tempo, o Minas organizou a casa e conseguiu virar o marcador – apoiou-se principalmente nos bloqueios e nas falhas de recepção das adversárias.

A equipe aurinegra não se deu por vencida e encostou. O calor de Manaus tomou conta do jogo, que se tornou elétrico. Para encontrar soluções e tentar recuperar a vantagem, o técnico praiano acionou o banco em alguns momentos – Suelen e Natinha ocuparam a quadra ao mesmo tempo no intuito de auxiliar na recepção, e Ju Carrijo entrou para sacar.

Apesar das tentativas, as adversárias se sobressaíram. Sob as lideranças de Kisy e Thaísa, o Minas cresceu na reta final e fechou a parcial: 25 a 23. O último ponto, inclusive, mexeu com os corações minas-tenistas: a oposta de 24 anos bloqueou a china de Gattaz, que partiu das mãos de Macris.

O Minas iniciou a segunda parcial embalado. A dominicana Peña marcou três pontos seguidos no começo do set e foi responsável por dar início à disparada minas-tenista – àquela altura, o marcador indicava 10 a 6. Enquanto o Praia se mostrava ineficiente no ataque, o Minas marcava presença no bloqueio. Bem postado, venceu facilmente por 25 a 16.

O Praia retornou à quadra com o clássico pensamento de ‘tudo ou nada’. Mostrou recurso e força no início da terceira etapa e até construiu vantagem importante, mas perdeu o gás. Quando o Minas se recolocou no jogo, principalmente por meio da eficiência no bloqueio, acabou com qualquer chance de virada praiana. Em um piscar de olhos, largou na frente e instaurou o desânimo no outro lado da quadra. Mais uma vez, Kisy deu o nome – a oposta fechou a partida quando, no ataque, fez o 25º ponto minas-tenista: 25 a 19.

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