O jornalista Mauro Cezar Pereira disse, em sua coluna no UOL, que é “constrangedora” a reclamação formal que o Atlético enviará à Conmebol por decisões dos árbitros envolvidos na final da Copa Libertadores, disputada no último sábado (30/11) no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Na avaliação do clube mineiro, a arbitragem chefiada pelo argentino Facundo Tello errou ao não marcar pênaltis para o Galo em duas ocasiões na derrota para o Botafogo, por 3 a 1.
Ambos os lances ocorreram no segundo tempo da partida, envolvendo o volante Marlon Freitas, do Botafogo. No primeiro, aos dois minutos da etapa complementar, Hulk caiu na área após contato com o adversário. Já no segundo, aos oito minutos, Deyverson foi impedido de finalizar por intervenção do jogador carioca na grande área.
“A diretoria atleticana estaria na bronca pela não marcação de dois pênaltis, ambos no segundo tempo. Isso depois de a equipe atuar por 89 minutos com um homem a mais e ter sido incapaz de sequer empatar com os botafoguenses. Depois de décadas reclamando de um árbitro e alimentando uma narrativa de vitimização que passa de geração para geração, o Atlético Mineiro SAF mandou essa. Realmente há quem não se canse de passar vergonha no futebol. Que constrangedor”, disse o jornalista.
“O alvo maior das reclamações seria o VAR, comandado na ocasião por Mauro Vigliano. O árbitro de vídeo é argentino, como o de campo, Facundo Tello, que expulsou Gregore, corretamente, com menos de um minto de peleja. É dessa arbitragem, que tomou tão corajosa decisão, que o pessoal do Atlético Mineiro SAF reclama. Inacreditável, não?”, questionou Mauro Cezar.
Atlético x Botafogo: a arbitragem da final
- Árbitro: Facundo Tello (ARG)
- Assistentes: Ezequiel Brailovsky (ARG) e Gabriel Chade (ARG)
- VAR: Mauro Vigliano (ARG)
Atlético se reuniu com ex-árbitro que presta consultoria
Antes de divulgar a formalização da reclamação junto à Conmebol, o Atlético recorreu ao ex-árbitro Sálvio Spínola, que presta consultoria de arbitragem ao clube mineiro. Em entrevista ao ge, Victor demonstrou o descontentamento do Galo com as decisões da equipe de Facundo Tello, mas reforçou o mérito do Botafogo na conquista.
“Antes de falarmos aqui, tivemos o cuidado de reunir com o consultor de arbitragem do clube, Sálvio Spínola, que é ex-árbitro FIFA e corroborou com a opinião de alguns especialistas de arbitragem, que também foram enfáticos – principalmente no lance do Deyverson, que era um lance passivo de marcação de pênalti e não foi recomendada a revisão”, disse o dirigente.
“Gostaria de dizer que o que eu vou falar não serve de desculpa, nem de bengala para justificar a não conquista da Libertadores no final de semana. Muito pelo contrário, temos que reconhecer o mérito do nosso adversário, que fez uma grande partida. Mas não há como negar que houve erros de arbitragem que poderiam ter tornado o rumo da partida diferente”, acrescentou Victor.
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