Nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Tatiana Weston-Webb respondeu a inevitável pergunta sobre o clube do coração: Internacional ou Grêmio? Aos risos, a medalhista de prata no surfe feminino nos Jogos Olímpicos de Paris contextualizou as preferências da família antes de dar uma resposta.
“Minha mãe é Grêmio. E meu tio brasileiro é Inter total. Meu pai foi aos jogos do Inter quando eu nasci. Então, sei lá, é uma ‘grande briga’ dentro da nossa família”.
Ao revelar para quem torcia, Tati preferiu ficar em cima do muro. “Eu não torço para um time ou outro porque sei que vai dar briga na minha família. Então, torço para os dois!”.
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Nascida no Brasil, mas criada no Havaí
Filha de pai americano e mãe brasileira, Tatiana Guimarães Weston-Webb nasceu em Porto Alegre e se mudou para o Havaí, arquipélago dos Estados Unidos no oceano Pacífico, com apenas dois meses. Mesmo criada em território americano, a atleta aprendeu a falar português.
Tati começou a surfar aos oito anos por influência do irmão mais velho. Até os 13, dividiu as pranchas com o futebol. Em 2018, tomou a decisão de representar o Brasil nas competições. Em entrevista ao Comitê Olímpico Internacional, ela justificou a escolha.
Era uma decisão difícil no momento, só que daí eu comecei a pensar como meu coração sentia. Foi fácil depois disso. Eu me sentia muito mais brasileira do que havaiana, não sou havaiana. Nem sou dos Estados Unidos. Eu me sinto muito mais brasileira do que tudo. Eu escolhi representar nosso país e foi uma escolha incrível, mudou minha vida.
Tati Weston-Webb
Tatiana é casada há quatro anos com o também surfista brasileiro Jessé Mendes, com quem começou a namorar em 2014. A agora prata em Paris esteve na Olimpíada de Tóquio (2020) e ganhou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago
A medalha de prata
Tatiana Weston-Webb fez história para o surfe feminino do Brasil ao conquistar a medalha de prata em final acirrada contra a americana Carolina Marks, atual campeã mundial. A final ocorreu na segunda-feira (5/8), em Teahupoo, no Taiti.
Tanto a brasileira quanto a estadunidense precisaram se desdobrar para somar pontos em um mar que não estava tão favorável ao surfe. No fim das contas, melhor para Marks, que levou o ouro ao registrar 10.5, contra 10.33 de Weston-Webb.
Antes de encarar Carolina Marks, Tatiana superou Molly Pickrum (Austrália), Candelaria Resano (Nicarágua), Caitlin Simmers (Estados Unidos), Nadia Erostarbe (Espanha) e Brisa Hennessy (Costa Rica).
A notícia Inter ou Grêmio? Tati Weston-Webb responde sobre preferência clubística no Brasil foi publicada primeiro no No Ataque por No Ataque.